Fraude em concursos do Cespe: Justiça condena 13 pessoas no DF por improbidade administrativa
Segundo investigação, os concursos começaram a ser fraudados em 2003. À época, um dos condenados era técnico judiciário do Tribunal de Justiça do DE.
O Tribunal Regional Federal (TRF-1) condenou, por improbidade administrativa, 13 integrantes de um grupo criminoso que fraudava concursos públicos realizados pelo Centro de Seleção e Promoção de Eventos (DE/UnB).
A decisão é desta segunda-feira (3) e foi divulgada nesta quarta (5). Segundo a investigação da polícia, os concursos começaram a ser fraudados em 2003.
À época, um dos condenados era técnico judiciário do Tribunal de Justiça do DF. Ele é acusado de liderar o grupo.
Ele e o servidor do DE responsável pelo vazamento dos cadernos de prova confessaram todo o esquema à polícia.
Os condenados terão de pagar multas e estão proibidos de firmar contratos com o poder público.
COMO FUNCIONAVA O ESQUEMA?
Dois grupos atuavam nas fraudes de concursos públicos: mentores, recrutadores e operadores, sob a liderança do servidor público do tribunal; aprovados na vaga por meio do esquema ilícito.
Quem agenciava os candidatos que queriam a aprovação ilegal recebia entre R$ 30 mil e R$ 45 mil por candidato recrutado. O valor ultrapassava em até 10 vezes o salário do cargo pretendido.
Segundo a polícia, eram dois modos de atuação: o gabarito da prova era repassado aos candidatos fraudadores por meio de um telefone celular preso ao corpo e a mensagem era recebida em um ponto eletrônico; o candidato fraudador faria apenas a prova de redação e deixava a folha de gabarito em branco para ser preenchido por funcionários das instituições que realizariam o concurso.
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