“Fraude no INSS: ‘Careca’ movimenta R$ 12 milhões em 129 dias”

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Investigação aponta que Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o “Careca do INSS”, foi responsável por movimentar mais de R$ 12 milhões em apenas 129 dias, revelando-se como o ‘facilitador’ de um esquema de fraudes no Instituto Nacional de Seguridade Social. A operação desencadeada pela Polícia Federal resultou na prisão não apenas de Antunes, mas também do empresário Maurício Camisotti, ambos suspeitos de envolvimento em desvios de dinheiro de aposentadorias e pensões do INSS.

De acordo com a PF, Antunes pagava propina a servidores do INSS para obter acesso a dados cadastrais de aposentados e pensionistas, repassando essas informações para associações que realizavam os descontos ilegais de forma não autorizada. O esquema revelou um amplo caso de fraudes que pode resultar em um prejuízo estimado em R$ 6,3 bilhões entre os anos de 2019 e 2024, impactando a Previdência Social de forma significativa.

Antunes foi encaminhado para a Superintendência do Distrito Federal após transferir milhões para indivíduos relacionados a servidores do INSS. Já Maurício Camisotti, sócio oculto de uma entidade envolvida nas fraudes, também foi detido, com apreensão de esculturas eróticas, quadros, arma e carros de luxo. A operação revelou ainda a participação de outras figuras-chave, como o advogado Nelson Wilians, cujo escritório foi alvo de busca e apreensão.

O esquema fraudulento envolvia o pagamento de propinas, uso de assinaturas falsas para autorizar descontos e a criação de associações de fachada, muitas vezes presididas por pessoas vulneráveis. A CGU e a PF identificaram idosos e aposentados por incapacidade sendo registrados sem consentimento e tendo descontos ilegais efetuados em seus benefícios previdenciários, sem seu conhecimento.

As defesas dos envolvidos negam qualquer participação nas fraudes, buscando reverter as prisões e garantir o respeito aos direitos fundamentais de cada um. A investigação, que teve início em 2023, resultou em ações policiais em 2024, evidenciado a gravidade dos esquemas ilícitos que impactaram diretamente a Previdência Social. A transparência e a legalidade estão no cerne das investigações em curso, visando punir os culpados e impedir novos casos de corrupção no sistema previdenciário brasileiro.

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