Última atualização 25/10/2024 | 14:08
O candidato a prefeito de Goiânia Fred Rodrigues (PL) terá que explicar, mais uma vez, declarações falsas relacionadas à sua formação acadêmica. Agora está em xeque a nomeação para cargo que exige nível superior na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) em janeiro deste ano. A Casa instaurou, nesta quinta-feira, 24, processo de sindicância para apurar indicativo de irregularidades, já que Fred declarou ser bacharel em Direito e exerceu uma função que exigia diploma, mesmo sem deter curso de graduação completo.
Para assumir o cargo de diretor de Promoção de Redes Sociais, Fred Rodrigues assinou ficha cadastral onde declara ter concluído Direito em 2010 pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO). A informação falsa sobre a escolaridade garantiu um salário bruto de R$ 21,3 mil por mês na estrutura da Alego. A nomeação ocorreu logo após ter sido cassado do cargo de deputado estadual por irregularidades na prestação de contas de campanha para vereador em Goiânia.
Diante do indício de fraude, caracterizado por declaração falsa em documento público, as apurações serão conduzidas por uma comissão com quatro integrantes, entre representantes da diretoria, procurador e secretário da Casa. A sindicância foi instituída pela Portaria 667/2024, assinada pelo diretor-executivo da Presidência, Rubens Kirsteim. O processo seguirá por 30 dias, prazo que pode ser prorrogado. Além disso, outras nomeações serão analisadas.
Na mira da Justiça
Outro nome da cúpula do Partido Liberal em Goiânia está na mira da Justiça. O deputado Gustavo Gayer (PL) é alvo de operação deflagrada pela Polícia Federal, nesta sexta-feira, 25, para investigar possível envolvimento em desvio de cota parlamentar, com conduta enquadrada em crimes como associação criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documento particular e peculato. Os policiais federais cumpriram 19 mandados de busca e apreensão em Goiânia, Valparaíso, Cidade Ocidental e Aparecida de Goiânia, além de Brasília (DF). O esquema, segundo a PF, usava no quadro societário da entidade montada para desviar recursos crianças de 1 a 9 anos.