Freira brasileira Inah Canabarro Lucas se torna a pessoa mais velha do mundo aos 116 anos

Brasileira se torna a pessoa mais velha do mundo

Nascida na cidade gaúcha de São Francisco de Assis, a freira Inah Canabarro
Lucas tem 116 anos.

A freia brasileira Inah Canabarro Lucas, que completou 116 em agosto de
2024 — Foto: Gerontology Research Group (GRG)

A gaúcha Inah Canabarro Lucas se tornou a pessoa mais velha no mundo, de acordo com o site da LongeviQuest, grupo de pesquisadores que é referência no monitoramento e no mapeamento de supercentenários pelo mundo. Ela nasceu em oito de junho de 1908 na cidade de São Francisco de Assis, na Região Central do RS – tem 116 anos.

O primeiro lugar foi ocupado pela japonesa Tomiko Itooka até 29 de dezembro de 2024, quando faleceu aos 116 anos. O anúncio ocorreu neste sábado (4) e foi feito pela prefeitura da cidade onde ela residia, Ashiya (saiba mais sobre ela abaixo).

Inah vive na casa da Congregação Irmãs Teresianas do Brasil, em Porto Alegre e adora sua rotina — Em 1º de outubro de 2024, quando é celebrado o dia do idoso, levou com bom humor quando foi perguntada sobre a sua idade. “Poucos anos. 116”.

Segundo a biografia dela no site da LongeviQuest, quando criança, Inah era tão magra que muitas pessoas não achavam que ela sobreviveria. Inah teve seis irmãos e começou na vida religiosa aos 18 anos, em Montevidéu, no Uruguai. Depois morou no Rio de Janeiro, onde deu aulas de português e matemática.

Em entrevista ao “Bom Dia Rio Grande”, familiares e amigos que convivem com Inah contaram para a repórter Cristine Gallisa que ela não escuta nem enxerga tão bem, mas que gosta de manter sua rotina diariamente — mesmo horário para acordar, comer, dormir e rezar.

O segredo da longevidade? “Eu acho que uma determinação de vida e de dedicação aos outros. E à espiritualidade”, disse Kleber Vieira Canabarro Lucas, sobrinho da religiosa, ao “Bom Dia Rio Grande”.

Tomiko praticava vôlei na escola, trabalhou em uma fábrica têxtil na Coreia do Sul e teve duas filhas e dois filhos, segundo o GRG. Ela tinha gosto por escalar montanhas e até mesmo escalou o Monte Ontake (altitude 3 mil metros) duas vezes, de acordo com a imprensa internacional.

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Menino com TEA liga para diretora após mãe ser morta pelo ex: ‘Ele confiava em mim como amiga’

Diretora que recebeu pedido de ajuda de autista que viu mãe ser morta diz que menino confiava nela: ‘me chamava de amiga’

A mãe dele, de 28 anos, foi morta pelo ex-companheiro Marcelo Alves Feitoza, em São Jerônimo da Serra, na segunda-feira (6).

Criança pede socorro por telefone após mãe ser morta, no norte do estado

A diretora Edina Gobbo, que recebeu pedido de ajuda do menino de nove anos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) ao ver mãe ser morta em São Jerônimo da Serra, no norte do Paraná, disse que o menino confiava nela. Além disso, ela conta era chamada de amiga pelo garoto.

A mãe dele, Anna Luiza Bezerra, de 28 anos, foi morta pelo ex-companheiro Marcelo Alves Feitoza, que foi preso horas depois do crime. O menino testemunhou a cena e pegou o celular da mãe para pedir ajuda para a diretora.

Edina conta que acompanhou o desenvolvimento escolar do garoto em 2024, que além do TEA, também tem Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e baixa visão. Em qualquer sinal de problema na escola, a orientação da própria mãe era de que ele procurasse pela diretora.

Foi a recomendação que o menino seguiu ao pegar o celular da mãe e ligar para Edina. Ela se preparava para sair de casa quando o telefone tocou. “Eu vi o nome da Anna no meu celular e atendi achando que era ela. Foi quando eu ouvi a voz dele e ele disse que a mãe estava morta e contou tudo que aconteceu. Eu levei um susto, pois uma criança de nove anos me ligar dessa maneira e contar tudo”, contou a diretora.

Edina conta que tentou acalmar o menino que chorava muito e, ao mesmo tempo, acionou a Polícia Militar e a secretaria de saúde da cidade. A diretora diz que se assustou com a brutalidade do caso. “É uma família conhecida daqui. É chocante ver o que um homem fez um com uma mãe de uma criança especial. É de doer a alma”, afirmou.

A diretora disse que está pronta para ajudar e vai seguir acompanhando o menino, não só em questões relacionadas à escola, mas também como amiga.

De acordo com o delegado Flávio Junqueira, há pouco mais de um mês, Anna Luiza havia terminado o relacionamento de seis anos com Marcelo. A polícia acredita que isso motivou o crime. Ele foi encontrado pelos policiais enquanto estava saindo de casa em um carro, no distrito de São João do Pinhal. Segundo o delegado, ele aparentava estar fugindo.

Testemunhas ouvidas pelo delegado relataram que o relacionamento entre os dois era conturbado, e após o término, ele insistia em reatar o relacionamento. Marcelo também foi ouvido pelo delegado, mas não confessou o crime. Apenas disse que tinha ido até a zona rural para negociar um porco.

O filho de Anna Luiza foi ouvido com a ajuda de uma psicóloga do município, que produziu um relatório sobre o depoimento dele para a Polícia Civil. Segundo a polícia, o menino disse que o homem que matou a mãe estava encapuzado na hora do crime e que ouviu a mãe dizer o nome do homem diversas vezes enquanto era agredida.

Anna Luiza foi sepultada nesta terça-feira (7) no cemitério de Santa Cecília do Pavão, no norte do Paraná. O filho dela está aos cuidados de familiares. Veja mais notícias em DE Norte e Noroeste.

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