Freixo pede que MP investigue viagem de Eduardo Bolsonaro à Dubai

Eduardo Bolsonaro, esposa e filho posam em Dubai.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), está em Dubai juntamente com a esposa Heloisa Bolsonaro e a filha do casal, participando da Expo Dubai 2020. Após uma publicação de Heloisa, nas redes sociais, a viagem deu o que falar entre os internautas.

O deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ), líder da minoria na Câmara, chegou a solicitar que o Ministério Público Federal (MPF) investigue os custos da delegação brasileira no evento Expo Dubai 2020, “especialmente a presença do deputado federal Eduardo Bolsonaro e da sua família“.

Além de Eduardo, o vice-presidente Hamilton Mourão, o secretário da Pesca, Jorge Seif, e outras 68 pessoas do governo também estão na  viagem oficial para a Expo Dubai 2020. De acordo com o jornal O Globo, essa viagem pode custar R$ 3,6 milhões aos cofres públicos.

A foto

Nossa vinda a Dubai representa custo zero ao Estado. Sempre que viajamos fazemos com recursos próprios”, foi o que Heloisa respondeu para um comentário em sua foto sobre o dinheiro público gasto na viagem. Depois da repercussão negativa, a foto foi apagada.
Na foto, a família Bolsonaro aparece fantasiada de Sheiks. Segundo informações de um site turístico local, uma sessão fotográfica, com direito a trajes e maquiagem, realizada no Central Market Souk, custa USD 174,22 (cerca de R$ 955) para um casal e uma criança.
Heloisa abriu uma caixa de perguntas nos stories do Instagram e em uma das suas respostas ela afirmou que o próprio dinheiro da família paga pelas viagens. “Sempre que viajamos fazemos com recursos próprios. Não há preço que pague essa consciência tranquila e não precisar esconder nada que fazemos“, escreveu ela.
A mulher de Eduardo ainda comparou a própria viagem, com uma viagem de Lula e Dilma. Nos stories, ela publicou uma foto de Lula e Dilma dormindo em cadeiras de 1º classe em um avião e escreveu que os ex-presidentes debocham do povo brasileiro.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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