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Frente dos Servidores Federais de Goiás protesta em Brasília contra medidas do governo federal

Última atualização 20/11/2017 | 16:58

Funcionários públicos estão insatisfeitos com Governo Temer

Servidores federais do Brasil inteiro vão se reunir em Brasília nesta quarta-feira (22/11). O objetivo é visitar o Congresso Nacional e pedir o apoio de todos os deputados e senadores da República contra as propostas do governo federal. A Frente dos Servidores Federais de Goiás (FSF-GO) estará presente na ação.

Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais em Goiás (SinPRF-GO) e um dos representantes da FSF-GO, Paulo Afonso da Silva, os servidores federais estão insatisfeitos com as ações e decisões do governo Temer, que vão prejudicar os serviços públicos oferecidos em favor da sociedade. “Queremos demonstrar para os parlamentares nossa insatisfação e descontentamento com o governo. Queremos mostrar para eles os impactos negativos que medidas como a reforma da previdência vão causar na sociedade”.

Para o representante dos servidores público federais do Estado, as medidas adotadas pela atual administração do País não levam em consideração o bem estar social do brasileiro. “Nosso movimento será pacífico porém contundente. Seremos enfáticos ao mostrar as consequências graves que algumas propostas trarão para o brasileiro. O governo precisa ouvir a opinião pública antes de definir políticas públicas”, disse.

As medidas impostas pelo governo federal já prejudicam diversas áreas do setor público. “São medidas que deixam o servidor público sem defesa. Não temos mais recursos para fiscalizar trabalho escravo, trabalho infantil. Estão nos deixando de mãos atadas. Estão atacando o servidor público como se ele fosse o grande culpado pelo rombo que tem hoje no governo”, destacou a presidente da Associação dos Auditores Fiscais do Trabalho em Goiás, Odessa Arruda.

“O governo federal pegou a categoria dos servidores públicos para tentar emplacar as reformas. A verdade é que as instituições de ensino estão sofrendo cortes de recursos imensos. A UFG, por exemplo, fechou o ano com uma dívida de quase R$ 20 milhões. Todos os órgãos estão sofrendo com cortes de recursos, que estão inviabilizando o trabalho dos servidores”, afirmou Flávio Alves da Silva, diretor-presidente da Adufg.

Na última sexta-feira (17/11) a Frente dos Servidores Federais de Goiás (FSF-GO) realizou uma ação de panfletagem no Posto da Polícia Federal (PRF) no Km 525 da BR-153, em Hidrolândia. A ação reuniu servidores que abordaram motoristas que passavam pela rodovia, com a distribuição de panfletos e banners explicativos.

“Vamos agora buscar apoio com os parlamentares para os servidores públicos. Não podemos assistir calados ao desmonte do serviço público. Para isso, apostamos na conscientização da população e no apoio dos nossos representantes no Congresso”, explicou Paulo Afonso Silva.

Frente dos Servidores Federais de Goiás

Representando pelo menos dez categorias, servidores federais de Goiás se uniram para formar a Frente dos Servidores Federais (FSF-GO), com o objetivo de reivindicar por melhorias na carreira e protestar contra práticas e decisões do governo federal. A ideia, segundo o grupo, é alertar para os riscos e prejuízos que os cidadãos brasileiros poderão enfrentar com as reformas e cortes.

A FSF luta para esclarecer pontos divulgados pelo governo federal como verdade absoluta. Um desses tópicos é a questão da previdência. Os servidores alertam que, além da contribuição previdenciária paga pelo empregado e pelas empresas, há várias fontes de receita para a previdência social, como COFINS (sobre todos produtos e serviços), PIS, PASEP, CSLL-contribuição social sobre lucro líquido das empresas, percentual sobre a arrecadação das loterias, etc.

“Na falsa conta do governo só é contabilizada a contribuição previdenciária paga pelos trabalhadores e empresas. Eles não falam que retiram da previdência 30% de toda a arrecadação por meio da DRU- Desvinculação das Receitas da União. Para completar, todos os anos há um rombo centenas de bilhões de reais pela sonegação, REFIS e incentivos fiscais”, concluiu o presidente do SinPRF-GO.

Fonte: divulgação