Frente fria deve provocar tempestades, com queda de granizo e vendavais, em Goiás

Frente fria deve provocar tempestades, com queda de granizo e vendavais, em Goiás

A aproximação de uma nova frente fria deverá deixar o tempo fechado em várias regiões do estado nesta quinta-feira e sexta-feira (6 e 7). Além disso, o fenômeno deve gerar tempestades, queda de granizo e vendavais, que podem gerar transtornos para a população.

As tempestades devem acontecer de forma repentina em todas as regiões, mas principalmente no Centro-Sul goiano. De acordo com o gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), André Amorim, isso acontece em função do fenômeno La Niña, que está ativo no estado. Inclusive, ele foi o responsável pela sequência de frentes frias durante o período de estiagem em Goiás.

“Como na capital e também no interior é possível que a gente tenha chuvas volumosas, em que começam rapidamente. Traz um risco sim porque pode causar alagamentos, quedas de árvores”, explica André Amorim.

O La Niña também propiciou a formação de um ciclone no Sul do país. Isso combinado à baixa pressão contribui para a formação das nuvens carregadas sobre o estado. Algumas projeções, inclusive, indicam volumes superiores aos 20 mm no período da tarde.

Além disso, o forte calor e a grande disponibilidade de umidade no ar, contribui para a formação de tempestades com potencial para queda de granizo e vendavais.

No entanto, os goianienses ainda vão lidar com a sensação de abafamento em grande parte da região. Isso porque, com a frente fria, os dias amanhecem com temperaturas mais amenas, mas no passar das horas, se elevam podendo chegar aos 35ºC em alguns municípios.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp