Frente fria impõe cenário de instabilidade nesta semana, em Goiás

Após dias quentes, frente fria deve provocar chuvas em Goiás

Nesta semana, o estado de Goiás contará com uma frente fria, que vai gerar cenário de instabilidade em diferentes regiões. A partir desta terça-feira, 22, as condições climáticas devem se intensificar, com direito a pancadas de chuva. A expectativa é de que o final deste ano seja semelhante ao que aconteceu no fim de 2021.

O cenário de frente fria em Goiás

De acordo com o relatório do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas do Estado de Goiás (Cimehgo), o prognóstico semanal é de formação de áreas de instabilidade em várias regiões do estado. Isso começa já nesta segunda-feira, 21, com variação de nebulosidade, sol e pancadas de chuva em áreas isoladas.

Na terça, haverá o avanço de uma frente fria pelo Brasil que vai influenciar e propiciar pancadas de chuva em Goiás. De quarta-feira, 23, até sábado, 26, o impacto dessas condições climáticas deve atingir ainda mais o estado.

“Os modelos apontam chuvas que podem variar até 100 mm, no acumulado da semana, na região Centro-Norte do estado. Hoje (segunda) e amanhã (terça), condições de mais intensidade na região Sudoeste”, afirma Elizabete Alves Ferreira, coordenadora no Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), ao DE.

Já André Amorim, gerente da Cimehgo, alerta sobre o risco de alagamentos em dezembro. No mês em questão, o prognóstico é de chuvas intensas, assim como aconteceu no ano passado.

previsão do tempo 21.11.22
O prognóstico para esta segunda-feira, 21 (Foto: Cimehgo)

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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