Frigoríficos de Goiás dão férias coletivas após caso da doença da vaca louca no Pará

Três frigoríficos de Goiás deram férias coletivas para os funcionários após a China e mais três países suspenderem as importações de carne bovina brasileira. A suspensão aconteceu por causa da confirmação de um caso de vaca louca no Pará.

As empresas de frigoríficos em Goiás são a JBS, localizada em Senador Canedo e Mozarlândia, e a Minerva Foods, em Palmeiras de Goiás. As duas tiveram registros de férias coletivas na última semana.

Em nota, a empresa Minerva informou que aguarda o retorno das vendas para a China o quanto antes. Já a JBS, não quis comentar o caso.

O Sindicato das Indústrias de Carne e Derivados de Goiás (Sindicarne-GO) afirma que a descoberta do animal infectado, embora recente, já começou a surtir efeito localmente no segmento. A cotação mais recente da arroba, referente à última sexta-feira, 24, está em R$ 244,50 em Goiás – uma queda de 9% em relação à semana anterior. As principais atingidas são as unidades que realizam exportação.

Conforme protocolo sanitário oficial, as exportações de carne para a China, principal compradora do produto brasileiro, foram suspensas na última quinta-feira, 23. Em Goiás, que possui um rebanho de aproximadamente 24 milhões de bovinos, quatro frigoríficos que exportam para o país asiático.

De acordo com dados do Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag), em 2022, as exportações de carne para a China, representaram 67%, equivalente à carcaça. No país, a movimentação financeira chegou a U$ 8 bilhões. No estado, as vendas corresponderam a U$ 824 milhões no ano passado.

Caso atípico

Em nota oficial, o Ministério da Agricultura e Pecuária informou, na noite da última quinta-feira, 2, que o caso de vaca louca registrado no Pará é atípico, ou seja, ocorrido por causas naturais. A confirmação foi dada após exames realizados no laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, já comunicou o resultado da amostra ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Conforme o Ministério, já estão sendo tomadas providências para que as exportações da carne bovina brasileira sejam restabelecidas o mais breve possível.

 

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Jovem é baleada por PRF na BR-040, no RJ, na véspera de Natal

Na véspera de Natal, Juliana Leite Rangel, uma jovem de 26 anos, foi baleada na cabeça durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-040, em Caxias, na Baixada Fluminense. O incidente ocorreu quando ela se dirigia à casa de parentes em Itaipu, Niterói.

Segundo relatos de seu pai, que também estava no veículo, ele sinalizou para encostar, mas os agentes da PRF iniciaram os disparos e balearam Juliana na nuca.

“Falei para a minha filha: ‘Abaixa, abaixa’. Eu abaixei, meu filho deitou no fundo do carro, mas infelizmente o tiro pegou na minha filha. Eles já desceram do carro perguntando: ‘Porque você atirou no meu carro?’. Só que nem arma eu tenho, como é que eu atirei em você?”, disse Alexandre.

A vítima foi levada imediatamente ao Hospital Adão Pereira Nunes, sendo submetida a uma cirurgia. Segundo a Prefeitura de Duque de Caxias, seu estado de saúde é considerado gravíssimo. Além dela, o pai também foi baleado na mão esquerda, mas não teve fraturas e recebeu alta na mesma noite do crime.

Deyse Rangel, mãe da vítima, também estava no carro no momento do incidente junto com o outro filho. “A gente viu a polícia e até falou assim: ‘Vamos dar passagem para a polícia. A gente deu e eles não passaram. Pelo contrário, começaram a mandar tiro em cima da gente. Foi muito tiro, foi muito tiro”, afirmou Deyse.

A PRF não se pronunciou sobre o caso.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp