Além de três destróieres, os Estados Unidos ordenaram o envio de um esquadrão anfíbio para o sul do Caribe como parte do esforço do presidente Donald Trump para enfrentar ameaças de cartéis de drogas latino-americanos. Segundo duas fontes ouvidas pela agência Reuters, as embarcações podem chegar à costa da Venezuela já no próximo domingo. O grupo é composto por três embarcações principais: o USS San Antonio, o USS Iowa Jima e o USS Fort Lauderdale. Juntos, transportam cerca de 4.500 militares, incluindo 2.200 fuzileiros navais. Essas embarcações são projetadas para o desembarque rápido de tropas, veículos blindados e equipamentos em áreas litorâneas hostis, funcionando como bases móveis em alto-mar. Uma das fontes destacou que os navios fazem parte de mobilizações recentes voltadas a conter ameaças de organizações narcoterroristas classificadas pelos Estados Unidos como risco direto à sua segurança nacional. As fontes, porém, se recusaram a detalhar a missão específica do esquadrão, mas ressaltaram que a mobilização integra um esforço ampliado de Washington no combate ao narcotráfico. A CNN informou que, desde a última sexta-feira, a Marinha dos EUA começou a deslocar mais de 4 mil fuzileiros navais e marinheiros para a região da América Latina e do Caribe. Além dos navios anfíbios, a operação inclui três destróieres equipados com tecnologia de ponta: o USS Gravely, o USS Jason Dunham e o USS Sampson. Todos contam com o sistema de combate Aegis, capaz de lançar mísseis guiados de precisão contra alvos aéreos e marítimos. De acordo com informações obtidas pela Reuters, as embarcações se posicionaram próximas à costa venezuelana na manhã de quarta-feira. A ordem que autorizou o envio foi emitida pelo Pentágono em 8 de agosto, dando base oficial para empregar forças militares contra cartéis de drogas latino-americanos em território estrangeiro e águas territoriais correspondentes. Em meio à aproximação da costa da Venezuela da frota, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou a mobilização de 4,5 milhões de paramilitares em todo o território nacional para reagir ao que chamou de ameaças dos EUA. Segundo a imprensa americana, o destacamento americano teria como objetivo combater o tráfico de drogas e pressionar o governo venezuelano. Em meio às ameaças, a porta-voz do governo dos EUA, Karoline Leavitt, disse na segunda-feira que o presidente Donald Trump vai usar toda a força contra o regime de Maduro. Vou ativar nesta semana um plano especial para garantir a cobertura, com mais de 4,5 milhões de paramilitares, de todo o território nacional, milícias preparadas, ativadas e armadas anunciou Maduro em um encontro político televisionado com os dirigentes do Partido Socialista Unido da Venezuela, ao ordenar tarefas perante a renovação das ameaças dos Estados Unidos contra a Venezuela. Sem citar diretamente os navios de guerra americanos, Maduro endureceu o tom em discurso transmitido na segunda-feira, afirmando haver uma ameaça bizarra e absurda de um império em declínio. A Venezuela defenderá nossos mares, nossos céus e nossas terras disse. A Marinha dos Estados Unidos começou a mobilizar mais de 4 mil fuzileiros navais e marinheiros para as águas da América Latina e do Caribe na última sexta-feira. O contingente é formado por militares do Grupo Anfíbio de Prontidão Iwo Jima (ARG, na sigla em inglês) e da 22ª Unidade Expedicionária de Fuzileiros Navais para o Comando Sul dos EUA. Sua movimentação faz parte de um reposicionamento mais amplo de ativos militares para a área de responsabilidade do Comando Sul dos EUA (Southcom), que vem sendo realizado desde o início do mês, disse uma das autoridades de Defesa na sexta-feira.