Frustrados, bolsonaristas acampados em Brasília voltam para casa

bolsonarista

Os bolsonaristas acampados há dois meses em frente ao quartel do Exército em Brasília decidiram voltar para casa após o discurso do futuro ex-presidente. O grupo reagiu negativamente ao posicionamento pacifista do adversário de Lula nas eleições de 2022. Em uma live nesta sexta-feira, 30, ele disse que “o mundo não acaba no dia 1º de janeiro”.

 

Vídeos divulgados pela internet registraram alguns apoiadores de Bolsonaro saindo da aglomeração. Um grupo de motociclistas passou pelo local buzinando em demonstração de apoio. Antes do pronunciamento, bolsonaristas deram as mãos e fizeram uma oração na expectativa de um chamado ou anúncio de golpe militar. A bandeira de paz se tornou frustração no rosto dos acampados. 

 

Há relatos de uma minoria defendendo o presidente de honra do PL. Uma mulher teria dito no microfone para os colegas que a fala de Bolsonaro teria sido conveniente. Segundo ela, o líder da direita já teria costurado um apoio com as Forças Armadas e ainda não poderia divulgar o acordo para uma suposta tomada de poder.

 

Um deles tentou levantar um coro “Eu não vou embora”, mas não houve adesão. Parte dos manifestantes se dirigiram para a frente do Palácio da Alvorada, a residência oficial do presidente da República, mesmo sob forte chuva. Eles teriam permanecido por alguns minutos e se retiraram.

 

Bolsonaro condenou os atos terroristas desmantelados pela polícia em Brasília na semana passada. Ele reconheceu indiretamente a derrota nas urnas, criticou o que considerou a formação do ministério “político” e não “técnico”, como o dele. Apesar disso, ele ponderou que os acampamentos bolsonaristas são legítimos.

 

Assista ao vídeo:

 

 

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp