Fuga de 16 detentos em presídio na Bahia leva ao afastamento de diretores – Últimas atualizações do caso no g1 Bahia

A diretora de um presídio na Bahia foi afastada de seu cargo juntamente com o diretor adjunto e o coordenador de segurança após a fuga de 16 detentos na noite de quinta-feira. A fuga aconteceu no presídio de Eunápolis, no extremo sul da Bahia, e gerou repercussão imediata. A ação dos criminosos envolvidos no resgate dos detentos foi exposta em uma simulação que evidenciou a audácia e planejamento por trás do ocorrido.

A notícia do afastamento da diretora, diretor adjunto e coordenador de segurança do Conjunto Penal de Eunápolis foi divulgada pelo Secretário da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária. Ele afirmou que tal medida visava garantir a imparcialidade no reestabelecimento dos procedimentos operacionais da unidade prisional. É uma ação necessária para investigar os motivos e as circunstâncias que levaram à fuga em massa dos detentos.

Com a intervenção imediata na unidade prisional e o afastamento dos responsáveis pela segurança, o estado busca restaurar a ordem e a eficácia dos procedimentos dentro do presídio. A determinação do Secretário aponta para a necessidade de averiguar possíveis falhas e fragilidades no sistema penitenciário que permitiram a fuga dos detentos. O caso serve como alerta para a importância da segurança nas instituições prisionais.

A imagem do Conjunto Penal de Eunápolis, onde ocorreu a fuga dos 16 detentos, foi abalada com o incidente. A segurança e a integridade dos presos, funcionários e da população em geral são aspectos cruciais que precisam ser reavaliados e fortalecidos. O planejamento e a operação dos presídios devem ser revistos para evitar futuras fugas e garantir a eficácia do sistema carcerário.

A matéria está em constante atualização para trazer informações atualizadas sobre o caso. Para mais notícias do estado, é possível acessar o g1 Bahia e se manter informado sobre os desdobramentos do ocorrido. Uma investigação detalhada sobre a fuga dos detentos e as medidas adotadas para garantir a segurança da unidade prisional são fundamentais para evitar episódios semelhantes no futuro.

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Operação Lei Para Todos: DE denunciado por esquema milionário do jogo do bicho na Bahia – Justiça bloqueia R$160 milhões

DE envolvido em esquema que movimentou R$ 5 bilhões com jogo do bicho é
denunciado na Bahia

Suspeitos aparecem vinculados a uma rede de jogos de azar autointitulada
‘Paratodos’, que atua há décadas no estado. Mais de R$ 160 milhões foram
bloqueados pela Justiça.

1 de 1 Sede do Ministério Público da Bahia (MP-BA) no CAB, em Salvador — Foto:
MP-BA

Uma operação deflagrada nesta quarta-feira (18), na Bahia, mirou envolvidos em
um esquema que usou o jogo do bicho e máquinas caça-níqueis para movimentar
cerca de R$ 5 bilhões no estado. Um grupo com 14 pessoas foi denunciado pelo
Ministério Público (MP-BA) por lavagem de dinheiro.

Segundo o órgão, os envolvidos aparecem como sócios de 23 empresas que serviram
de fachada para o crime, entre 2010 e 2020. O esquema tinha envolvimento com a
rede de jogos de azar autointitulada “Paratodos”, que atua há décadas na Bahia.
Até então, mais de R$ 160 milhões foram bloqueados pela Justiça.

As investigações mostram que parte das empresas funcionava para inserir o
dinheiro do jogo do bicho e da exploração de máquinas caça-níqueis na economia
formal. Já a outra parte, tinha como objetivo a blindagem patrimonial, por meio
da mescla dos recursos ilícitos com recursos lícitos, obtidos com a exploração
de atividades econômicas formais.

Ainda conforme apontou o MP-BA, as apurações, que contaram com quebra dos
sigilos bancário e fiscal dos denunciados, apontam um aumento patrimonial
significativa dos envolvidos, chegando a saltar, em um dos casos, de R$ 9
milhões para mais de R$ 65 milhões em nove anos.

Os denunciados foram identificados como:

* Adilson Santana Passos
* Adilson Santana Passos Júnior
* Augusto César Requião da Silva
* Frederico Pedreira Luz
* Joana Mascarenhas Requião da Silva
* João Carlos Pinto
* José Geraldo de Sousa Almeida
* José Fernando de Carvalho Júnior
* José Luiz de Oliveira Simões
* Júlio Vinícius Reis Almeida
* Leandro Reis Almeida
* Leonardo Reis Almeida
* Marcos Augusto Pinto
* Maria Teresa Carvalho Luz

DE tenta localizar os envolvidos.

Apesar da “Operação Lei Para Todos” ter sido deflagrada pelo Grupo de Atuação
Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) somente nesta
quarta-feira, os bloqueios e as denúncias tinham sido definidos desde o dia 9 de
dezembro. Já foram sequestrados judicialmente:

* 91 veículos, com um valor total estimado de R$ 13 milhões
* 58 imóveis, os quais, somados, chegam ao total de aproximadamente R$ 55
milhões
* R$ 92,8 milhões foram bloqueados em contas bancárias

Além disso, conforme pontuou o MP-BA, ainda foram expedidos ofícios para a
apreensão de 13 lanchas, três motos aquáticas, um iate e 18 aeronaves. Os
valores dos bens não foram detalhados para a reportagem.

OPERAÇÃO DO ESQUEMA

O esquema seria operado a partir de três núcleos: do jogo do bicho, das máquinas
caça-níqueis e do bicho eletrônico, liderados por Adilson Santana Passos Júnior
e Leandro Reis Almeida, que são filhos e sucessores dos fundadores da
“Paratodos”, identificados como Adilson Passos e José Geraldo.

Além deles, também aparecem como chefes na investigação Augusto César Requião da
Silva, Maria Tereza Carvalho Luz e Frederico Pedreira Luz, segundo detalhou o
MP-BA.

Cada núcleo era responsável por um ramo:

* O primeiro núcleo controlava o tradicional e ilícito jogo do bicho na Bahia;
* O segundo fazia a exploração das máquinas caça-níqueis, inclusive com a
prática de contrabando das peças utilizadas nas máquinas;
* O terceiro núcleo era responsável por modernizar o jogo do bicho com o
sistema eletrônico de apostas (“bicho eletrônico”), principalmente por
intermédio da empresa Projeta Tecnologias e Projetos Ltda.

A investigação aponta Augusto César como “patrono” do jogo no estado e ele
aparece, junto com José Luiz de Oliveira Simões, outro denunciado, como sócio da
empresa OM Recreativo Administração e Locação Ltda.

O MP-BA aponta que a instituição funcionou como “fortaleza do jogo bicho”, no
bairro da Liberdade, em Salvador, sendo transferida
posteriormente para Pituaçu, também na capital baiana. Nos dois locais, eles
contavam “com forte esquema de segurança, com muros elevados, câmeras e vigias
armados”.

A investigação mostra ainda que a sigla OM apareceu nas máquinas caça-níqueis
identificadas durante as investigações.

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