Fugitivos do 8 de Janeiro denunciam condições precárias em prisões argentinas

53410431278_69f924a729_k

Cinco brasileiros condenados por envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e presos na Argentina estão denunciando as condições precárias nas prisões do país. Eles reclamam de falta de cuidados médicos, comida insuficiente, ambientes insalubres e ameaças de morte por outros detentos. Wellington Luiz Firmino, um dos presos, afirmou que as condições na carceragem de Jujuy foram “mil vezes piores” do que sua experiência na Papuda, em Brasília. Ele descreveu uma cela solitária sem banheiro, com um buraco no chão e uma caneca para banho.

Firmino está atualmente detido no Complexo Penitenciário de Ezeiza, onde as condições são melhores, mas ainda enfrenta dificuldades para obter autorização para uma cirurgia no braço. Outro preso, Rodrigo Ramalho, sofreu um tombo e não recebeu exames. Ana Paula de Souza, a única mulher do grupo, relatou ameaças de morte, roubos e falta de tratamento médico.

Demandas de refúgio e assistência médica

Todos os cinco presos são alvo de pedidos de extradição, mas também solicitam refúgio na Argentina. O governo e a Justiça argentinos não se manifestaram sobre as denúncias. O advogado Pedro Gradin, que representa alguns dos presos, destacou que há pessoas que necessitam de assistência médica e passam meses sem consultas.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp