Servidora que faleceu após procedimento estético pode ter apresentado reação alérgica grave, diz polícia
A Polícia Civil revelou que Danielle Mendes Xavier de Brito Monteiro, funcionária pública, que infelizmente veio a óbito após passar por um procedimento estético no rosto em uma clínica de Goiânia, pode ter sofrido uma reação alérgica gravíssima, também conhecida como anafilaxia, após a aplicação do produto hialuronidase. A responsável pela clínica em questão encontra-se detida. A defesa afirma que ela tem permissão para realizar os procedimentos e que o produto utilizado é legal.
Segundo informações da Polícia Civil, a hialuronidase utilizada na paciente foi produzida em uma farmácia de manipulação e, de acordo com a Anvisa, produtos injetáveis com finalidade estética devem ser provenientes de indústrias e ter aprovação do órgão regulador. A utilização de um produto aprovado pela Anvisa assegura um padrão de qualidade e segurança, evitando assim riscos de contaminação e efeitos adversos graves nos pacientes. É aconselhável que os consumidores exijam sempre a aplicação de produtos autorizados pela Anvisa e verifiquem os rótulos antes de realizar procedimentos estéticos.
Por outro lado, a dona da clínica estética, situada no Parque Lozandes, foi detida na segunda-feira (2) após serem encontrados medicamentos vencidos, anestésicos hospitalares, itens cirúrgicos não esterilizados e materiais limpos misturados a materiais sujos nas dependências do estabelecimento. Em comunicado, a defesa da empresária refutou as declarações da delegada Débora Melo, sustentando que ela possui formação em biomedicina e enfermagem e, portanto, está autorizada a realizar os procedimentos. Segundo os advogados, os produtos utilizados na clínica possuem autorização para comercialização.
A irmã de Danielle, Ana Elise Coelho, afirmou em entrevista à TV Anhanguera que a família está revoltada com a situação. Ela relatou que a equipe da clínica demorou para acionar o Samu e ainda tentou realizar uma intervenção médica sem sucesso. Ana Elise acredita que se o socorro tivesse chegado mais rapidamente, a irmã poderia ter sido salva. O Conselho Regional de Biomedicina confirmou que a dona da clínica tem registro profissional e está investigando o caso.
A Polícia Civil, por meio da delegada Débora Melo, informou que Danielle chegou à clínica no sábado (30) para uma avaliação prévia do procedimento estético. A aplicação da hialuronidase, abaixo dos olhos, é utilizada para corrigir procedimentos realizados com ácido hialurônico. Infelizmente, a servidora pública sofreu um choque anafilático e teve uma parada cardiorrespiratória no local, sendo socorrida e encaminhada ao Hospital de Urgências de Goiás (Hugo), onde foi constatada a morte cerebral no dia seguinte.
É fundamental que os estabelecimentos que realizam procedimentos estéticos estejam devidamente equipados para lidar com possíveis complicações, como reações alérgicas graves. A investigação em andamento buscará esclarecer a responsabilidade da proprietária da clínica em relação ao falecimento da paciente. A supervisão e regularização dos produtos e serviços oferecidos são essenciais para garantir a segurança e a saúde dos consumidores que buscam procedimentos estéticos.