A Polícia Civil da Bahia investiga um caso de injúria racial, agressão e ameaça ocorrido em um pet shop no bairro do Imbuí, em Salvador, no último sábado, 4. As vítimas são funcionárias do estabelecimento, que relataram terem sido ofendidas por uma cliente.
Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram a mulher, que se identificava como juíza, dirigindo ofensas às funcionárias. Entre as frases proferidas, estariam “eu poderia te dar ordem de prisão” e “vocês vão sofrer as consequências”, além de insultos como “petista, baixa e preta”. Em determinado momento, a cliente é vista agredindo fisicamente uma das colaboradoras que a filmava.
A gerente e duas funcionárias do pet shop afirmaram à polícia terem sido vítimas de agressões, injúrias raciais e ameaças. Uma delas relatou que a cliente utilizou expressões racistas contra ela. Por outro lado, a acusada alegou ter sido xingada, agredida por funcionários e seguranças da loja, além de ter sido filmada sem consentimento.
A Associação dos Magistrados da Bahia (AMAB) esclareceu, em nota, que a mulher envolvida não pertence à Magistratura Baiana e repudiou qualquer prática de racismo. O Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJBA) também manifestou repúdio.
A cliente, cuja identidade não foi divulgada, foi identificada como funcionária da Rede Mater Dei, que informou ter afastado a colaboradora e instaurado uma sindicância interna para apurar os fatos. A empresa reiterou seu posicionamento contrário a qualquer forma de discriminação.
O Grupo Petz, proprietário do pet shop, emitiu nota de repúdio às atitudes de discriminação racial, social e política. A empresa destacou que está prestando apoio jurídico e psicológico às funcionárias envolvidas.
O caso foi registrado na 9ª Delegacia Territorial da Boca do Rio e está sendo investigado como injúria racial, lesão corporal culposa e ameaça.