Última atualização 23/04/2024 | 16:14
Um funcionário da área de alimentação do Hospital Instituto Doutor José Frota (IJF), em Fortaleza, no Ceará, foi morto a tiros e teve a cabeça decapitada durante a manhã desta terça-feira, 23, dentro da unidade. O corpo do funcionário foi encontrado no refeitório, enquanto outra pessoa também ficou ferida. O suspeito do crime está foragido.
De acordo com o secretário de Segurança Pública do Ceará, Samuel Elânio, o crime teria sido motivado por ciúmes da companheira que trabalhava no hospital. ” Ele já vinha apresentando atitudes de uma pessoa ciumenta e já teria dado indícios de que poderia praticar algo semelhante a isso”, explicou.
O suspeito do crime é um ex-funcionário do hospital, demitido há mais de um ano, que conseguiu acesso à unidade de saúde através do reconhecimento facial ainda ativo.
O IJF é uma das principais unidades de saúde de Fortaleza, conhecida por atender vítimas de traumas graves, lesões vasculares complexas e queimaduras, e é administrado pela Prefeitura municipal.
Testemunhas relataram que ouviram diversos tiros e houve pânico dentro da unidade. Além do funcionário que faleceu, outra pessoa foi baleada e levada ao centro cirúrgico. Após o crime, o suspeito fugiu.
A direção do hospital informou que dois prestadores de serviços da área de alimentação foram agredidos na área de recebimento de cargas do hospital. Um dos homens veio a falecer no local e o outro foi socorrido pelas equipes de emergência.
“As famílias das vítimas estão recebendo apoio e as autoridades de segurança estão sendo colaboradas com as investigações. Continuamos prestando atendimento aos pacientes sem interrupções”, afirmou a direção do IJF.
Prefeito e Governador falam sobre o caso
O prefeito José Sarto lamentou o incidente e expressou a desaprovação em relação à atuação do governo do Ceará na área da segurança pública em comunicado oficial.
“É inaceitável a violência em Fortaleza continuar do jeito que está. Hoje mais uma vez vivemos momentos de horror. Dois assassinatos brutais. A paralisia do Governo de Estado no combate às facções não parece ser apenas incompetência, mas também cumplicidade. Acionei as Secretarias de Segurança Cidadã, Educação, Saúde e Direitos Humanos para dar todo o suporte aos familiares das vítimas e aos nossos trabalhadores, a quem dedico toda minha solidariedade. Não permitirei que o acesso aos nossos serviços públicos sejam prejudicados pela insegurança”, afirmou Sarto.
Durante entrevista no Palácio da Abolição, o governador do Ceará, Elmano de Freitas, abordou o caso.
“Investigar o caso, porque efetivamente nós não temos completamente as informações. Há informação de que foi um funcionário morto e pode ter sido morto por um outro funcionário e aconteceu dentro do refeitório, a informação que me chega até agora, no refeitório do hospital. Nós não fazemos segurança pública dentro dos equipamentos, fazemos fora do equipamento. Obviamente que no hospital tem a equipe de vigilância, tem Guarda Municipal. O que se imagina é que nesses ambientes a Guarda Municipal e a força de vigilância contratada pela prefeitura resguarde a segurança pública dentro do seu hospital. Não foi o que infelizmente aconteceu, uma pessoa perdeu a vida, mas a nossa tarefa agora é investigar, identificar a pessoa que provocou e prendê-la. “, disse o governador Elmano de Freitas.