Funcionários da Disneyland Paris ocupam castelo em greve por salário

Funcionários da Disneyland Paris ocupam castelo em greve por salário

Diferente da perfeição e magia transmitida pelos contos de fadas, a Disneyland Paris, na França, teve um cenário de protestos no fim de semana. De acordo com informações do jornal Le Monde, o som de apitos e gritos ecoados por homens vestidos de preto, com braçadeiras escritas “segurança” tomaram conta do paraíso. Essa foi a quarta vez em três semanas que os funcionários realizaram a intervenção.

Assumindo o comando do castelo da Bela Adormecida, os manifestantes pediam por reajuste salarial dos funcionários do local. O sindicato dos trabalhadores do parque exige um aumento líquido de € 200 euros por mês, que corresponde a R$ 1.050. Eles pedem ainda por pagamento dobrado do salário aos domingos, ajustes nos turnos e melhores condições de trabalho.

O movimento contou com cerca de mil grevistas que utilizaram, além das vestimentas pretas, coletes amarelos e placas indicativas. Uma placa carregada por um dos manifestantes dizia “cinco anos trabalhando para o rato, sempre pagos como um rato”. Um dos sindicalistas e representantes da central sindical CTG, que organiza parte dos atos, também reclamou do salário. “Para nós é menos mágico. Há um problema de poder aquisitivo, condições de trabalho”, disse ao site francês RTL.

Situação econômica francesa

A economia francesa passa por um momento de inflação alta e as pressões foram intensificadas desde o início da guerra da Ucrânia. Com isso, os preços de insumos básicos, como energia, dispararam. O aumento excessivo acumula 5,1% nos últimos 12 meses até maio.

Entretanto, a inflação tem desacelerado após picos superiores a 8%, em 2022, mas o índice segue alto, uma vez que o país é acostumado com uma taxa inflacionária menor que 2%.

A greve acontece nos 30 anos do parque da Disney na cidade das luzes. Diante das manifestações, a empresa tem afirmado, por meio das redes sociais, que pode haver interrupção nos serviços e que os bilhetes com data podem ser alterados ou reembolsados.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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