Funcionários de abrigo demitidos após suposta agressão a menino de 11 anos em Campinas: investigação em andamento

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Funcionários de abrigo para crianças são demitidos após suposta agressão a
menino de 11 anos em Campinas

Cuidador teria aplicado mata-leão para conter a vítima, que brigava com outra
criança, segundo boletim de ocorrência. Exame de corpo de delito constatou
lesões no rosto.

A Prefeitura de Campinas (SP)
[https://de.globo.com/sp/campinas-regiao/cidade/campinas/] informou nesta
segunda-feira (1º) que dois funcionários de um abrigo para acolhimento de
crianças foram demitidos após uma suposta agressão a um menino de 11 anos que
mora no local. A Polícia Civil investiga o caso.

A agressão teria acontecido no dia 22 de agosto, na Casa Maria de Nazaré, no
Jardim Guanabara. Segundo o boletim de ocorrência, registrado pelo coordenador
da unidade junto da criança, o menino brigava com outra criança de 7 anos, que
também mora no local.

Para conter o menino, um cuidador teria aplicado um mata-leão e jogado o rosto
do garoto no chão. O BO também aponta que o funcionário colocou o joelho nas
costas do menino. Com a violência, a criança teria desmaiado por três segundos,
além de ter sangramento no nariz e escoriações no rosto.

O garoto passou por exame de corpo de delito, que constatou as lesões no lado
esquerdo do rosto, principalmente no olho, mas não confirmou a perda de
consciência ou lesão no pescoço que poderia ter sido causada pelo mata-leão.

INVESTIGAÇÃO: POLÍCIA VAI OUVIR ENVOLVIDOS

O caso foi registrado como lesão corporal e maus-tratos na Polícia Civil, que
instaurou um inquérito para investigar o ocorrido e vai ouvir o coordenador e o
cuidador nos próximos dias.

Também vai apurar se tem outras testemunhas que podem ser ouvidas e há histórico
de outras agressões.

A prefeitura tem parceria com o abrigo e disse que foi informada do ocorrido
pela própria unidade. A administração municipal também informou que a casa
denunciou o caso à polícia e demitiu o cuidador e outra pessoa que teria
acompanhado as agressões, mas que se omitiu diante da situação.

Uma apuração administrativa também foi instaurada e uma equipe da prefeitura foi
enviada para inspeção da unidade e análise dos protocolos internos.

A administração municipal reforçou o monitoramento da unidade e solicitou que o
menino tenha atendimento de saúde e acompanhamento psicossocial garantidos.

A prefeitura também informou que a contratação de profissionais é feita pela
própria instituição, que essa foi a primeira vez que um caso do tipo teria
acontecido no local e que a entidade tomou todas as providências.

O abrigo e o Tribunal de Justiça informaram que não vão se manifestar sobre o
caso porque corre em segredo de Justiça.

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