Funcionários ficam pendurados em estrutura de prédio em construção

Funcionários de uma obra ficaram pendurados a 140 metros de altura em uma estrutura metálica no topo de um prédio em construção. O caso aconteceu na terça-feira, 17, na Chácara Santo Antônio, em São Paulo, por volta das 16h.

Segundo o Corpo de Bombeiros, um dos funcionários não resistiu aos ferimentos e morreu, mas os outros operários foram resgatados. Um dos trabalhadores apresentava dores no corpo e foi encaminhado para um pronto-socorro.

A ocorrência foi atendida por ao menos dez viaturas de Corpo de Bombeiros e um helicóptero Águia, da Polícia Militar.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o acidente teria acontecido após um andaime cair da construção. Essa estrutura fazia conexão entre duas torres de 33 andares, que estão em construção com previsão de entrega para 2025.

Conforme informado pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP), o caso está sendo apurado e buscam identificar os responsáveis técnicos pelo empreendimento. Segundo o órgão, todos os profissionais e empresas contratados devem estar registradas no Crea-SP e é necessário que seja feito o registro de uma Anotação de Responsabilidade Técnica (ART).

A construtora responsável pela obra, EZTEC, publicou uma nota lamentando o acidente. “Apesar de existirem os equipamentos de segurança e proteção, por uma fatalidade, um dos trabalhadores veio a óbito. O caso está sob apuração e, neste momento, o que se sabe é que houve um acidente na plataforma de trabalho e segurança. A empresa seguirá todas as recomendações das autoridades competentes”, disseram.

Veja o vídeo dos funcionários pendurados na estrutura metálica do prédio, a 140 metros de altura:

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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