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Funcionários públicos de Goiânia são indiciados por cobrar propina semanal de feirantes

Última atualização 02/05/2022 | 16:23

Dois supervisores de Feiras Livres e Especiais de Goiânia foram indiciados por corrupção passiva e lavagem de dinheiro por cobrar uma espécie de aluguel de pontos/barracas de feirantes da “Feira da OVG”. Os servidores públicos chegavam a cobrar R$ 150 por dia de cada feirante, sendo que a comercialização de produtos no local é gratuita, desde que seja autorizada.

A prática, inclusive, foi denunciada pelos próprios trabalhadores. A polícia acredita que mais pessoas possam ter participado do esquema que durou entre 2017 e 2019.

“Os próprios feirantes denunciaram que estavam sendo extorquidos pelos supervisores, que são os responsáveis por verificar inatividades nestas feiras. Eles observam se o feirante não está comparecendo, se confirmado algumas faltas desse feirante, a sua licença e caçada e entregue a outra pessoa na fila de espera”, explicou o delegado Caio Meneses, responsável pela investigação.

O delegado diz ainda que os criminosos usavam um nome falso para cobrar os valores, além além da conta de terceiros para não levantar suspeitas. Para o investigador, a prática é comum entre os servidores públicos.

“A gente vê que esse crime é reiterado, uma prática comum e muito utilizada. Não descartamos que possam haver outros envolvidos, inclusive, estamos investigando isso. Depois desse indiciamento, podem surgir novas depois e consequente a prisão de outros servidores. O inquérito foi remetido ao Poder Judiciário e aguarda a análise do Ministério Público”, concluiu.

Em nota, a Prefeitura de Goiânia afirma que apoia e aguarda a conclusão do processo legal pelas autoridades competentes. A secretaria encontra-se à inteira disposição das autoridades para colaborar com as investigações e prestar quaisquer esclarecimentos sobre as supervisões de feiras.

Além de que a Sedec não compactua com nenhum tipo de prática ilegal, e os fatos apontados na apuração serão alvo de procedimento interno de investigação, executado pela administração municipal, com vistas à adoção das eventuais penalidades cabíveis contra os responsáveis por quaisquer ilícitos.