Funcionários terceirizados de diversos órgãos públicos do Poder Executivo, localizados em Brasília, no Distrito Federal, estão enfrentando problemas de falta de pagamento por parte da empresa terceirizada R7 Facilities. Além dos ministérios da Igualdade Racial, Direitos Humanos e Mulheres, os trabalhadores estão passando por dificuldades financeiras devido ao atraso nos salários.
Na última segunda-feira (13/1), os funcionários terceirizados realizaram uma manifestação em frente ao Ministério dos Direitos Humanos para protestar contra a situação. Segundo relatos de alguns trabalhadores, a empresa alega não ter recebido repasses financeiros dos órgãos responsáveis, o que impossibilita os depósitos dos salários dos funcionários.
Em meio a essa situação complicada, mais de mil pessoas estão sendo afetadas pelo atraso nos pagamentos. Mesmo diante da falta de dinheiro, os funcionários continuam comparecendo ao trabalho por receio de perderem seus empregos. O Ministério dos Direitos Humanos informou que notificou a empresa R7 Facilities sobre o atraso nos pagamentos e que estão tomando as medidas cabíveis para resolver a situação.
A R7 Facilities alega que o atraso salarial é consequência de informações falsas e tendenciosas e da falta de repasses financeiros de alguns órgãos. A empresa está enfrentando um momento desafiador, mas garante que continua empenhada em realizar seu trabalho com dedicação. Enquanto isso, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania assegura que está em dia com todas as obrigações contratuais com a empresa terceirizada.
A Controladoria-Geral da União (CGU) está investigando a R7 Facilities desde março de 2024, por suspeitas de irregularidades envolvendo “laranjas” e endereços de fachada. A empresa assinou contratos milionários com o governo federal, mesmo tendo o dono com um histórico financeiro modesto, levantando questionamentos sobre sua idoneidade.
Diante de toda essa problemática, o Metrópoles entrou em contato com a R7 Facilities e o Ministério dos Direitos das Mulheres em busca de esclarecimentos, porém, até o momento, não obteve retorno. A situação dos funcionários terceirizados desses ministérios permanece delicada, aguardando uma solução para o problema dos atrasos nos salários.