Fundador da Ricardo Eletro é preso por sonegação fiscal e lavagem de dinheiro

O fundador da rede de varejo Ricardo Eletro, Ricardo Nunes, foi preso na manhã desta quarta-feira, 8, em São Paulo. A operação, que também prendeu a filha de Ricardo, visa a busca e apreensão de empresários ligados à sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.

Segundo as investigações do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), da Receita Federal e da Polícia Civil, os empresários foram beneficiados em cerca de R$ 400 milhões com impostos não pagos ao estado nos últimos cinco anos.

De acordo com o MPMG, a rede varejista embutia o valor dos impostos nos produtos vendidos ao consumidor, mas não fazia o repasse. A Justiça determinou o sequestro de imóveis pertencentes ao fundador da Ricardo Eletro, avaliados em cerca de R$ 60 milhões, e aguarda a apreensão do irmão de Ricardo, que também está envolvido no caso.

 

Foto: Reprodução/Tv Globo

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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