Fundeinfra alcança R$ 416 milhões para infraestrutura do setor produtivo

Fundeinfra alcança R$ 416 milhões para infraestrutura do setor produtivo

O setor produtivo goiano aprovou a inclusão de mais três rodovias na carteira de obras do Fundo Estadual de Infraestrutura (Fundeinfra) – restauração da GO-080 e da GO-040, e a pavimentação da GO-319 –, além de definir a contratação de estudos de viabilidade técnica e a elaboração dos projetos de engenharia para outros seis trechos da malha viária, na região Sudoeste. As deliberações foram tomadas pelo Conselho Gestor do fundo, na reunião desta segunda-feira, 26, e elevam para R$ 416 milhões os recursos com destinação já definida.

INÍCIO IMEDIATO

Duas obras aprovadas nesta segunda-feira, 26, terão início imediato pelo Governo de Goiás, sob a supervisão da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra): as restaurações de 42,2 quilômetros da GO-080, de Barro Alto e Goianésia, e de 43 quilômetros da GO-040, de Bom Jesus ao distrito de São Domingos, em Goiatuba, segmento conhecido como “cinturão da cana”. Já a GO-080 fica numa região que concentra o setor agroindustrial, com usinas de açúcar, álcool e energia, além de indústrias de transformação (metal).

A terceira intervenção é a pavimentação de 35 quilômetros da GO-319, de Castelândia a Denislópolis, distrito de Quirinópolis, cujo projeto executivo está em análise técnica pela Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra). Essa obra é estratégica para o escoamento da produção local, ao interligar a rodovia à GO-206 e à BR-452, que conectam o Sul de Goiás ao Sudeste brasileiro.

“Todas as três são obras que beneficiam o setor produtivo, demonstrando aderência e afinidade com o Fundeinfra”, destacou o secretário da Infraestrutura, Pedro Sales, que preside o Conselho Gestor. Ele enfatizou a autonomia e o protagonismo dos representantes do setor desde a elaboração das propostas apresentadas ao órgão deliberativo até a aprovação das obras.

Exemplo é a definição das rodovias incluídas nas propostas para receberem investimentos do fundo na contração dos projetos de engenharia, que foi realizada por entidades ligadas à Organização das Cooperativas do Brasil – Goiás (OCB Goiás). “Mais de 50% da produção do agronegócio passa pelo cooperativismo e eu pedi para as cooperativas elencarem suas demandas mais prioritárias”, explicou o presidente da OCB Goiás e integrante do Conselho Gestor do Fundeinfra, Luís Alberto Pereira.

INVESTIMENTOS EM OUTRAS SEIS RODOVIAS

As propostas aprovadas preveem investimento na contratação de projetos para pavimentação de mais seis trechos rodoviários: GO-341 (entre o trevo da GO-465 até a BR-158), GO-220 (entre o trevo da 40 até Perolândia), GO-194 (do trevo do rio Matrinchã até Ponte Branca), GO-461 (entre o trevo do rio Matrinchã até GO-221, de Mineiros à divisa com MT), GO-050 (entre Palmeiras de Goiás e Palminópolis) e para a duplicação da GO-174 (no trevo da GO-210, sentido BR-060).

DESENVOLVIMENTOS REGIONAIS

Além dos conselheiros, participaram da reunião deputados e prefeitos das regiões beneficiadas pelas propostas apresentadas ao Conselho do Fundeinfra. Prefeito de Quirinópolis, Anderson de Paula argumentou sobre a pavimentação da GO-319.

BENEFÍCIOS AO SUDOESTE GOIANO

“É uma obra que vai beneficiar mais de 200 mil goianos no Sudoeste, encurtando o trajeto da minha cidade para Goiânia em 70 quilômetros”, afirmou. “Essa rodovia vai interligar nossas usinas e será extremamente relevante para o desenvolvimento do agronegócio e do turismo.”

Já o prefeito de Palmeiras de Goiás, Vando Vitor, defendeu o investimento na contratação de projeto executivo para a pavimentação da GO-050, que liga seu município a Palminópolis. “Essa rodovia está numa região que contribui muito com o PIB do Estado, somos a sétima cidade em exportação do Estado, e os produtores vão ficar imensamente felizes com sua aprovação pelo conselho”, apontou.

“A preocupação do fundo é fazer obras que estruturem e transformem as regiões, definidas nessa forma democrática do diálogo. Isso vai ao encontro da determinação do governador Ronaldo Caiado, que é a de que o governo interfira o mínimo possível no objeto das escolhas do Fundeinfra”, afirmou o secretário Pedro Sales.

“O pedido é que deixássemos efetivamente os setores e agentes privados envolvidos escolherem aquilo que eles entendem ser o mais meritório para o fomento da atividade econômica desenvolvida em cada uma dessas regiões contributivas ao fundo.”

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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