Funfarme demite médicas por suspeita de atraso no atendimento em UPAs

Fundação demite médicas denunciadas pela prefeitura por suspeita de atrasar atendimento a pacientes em UPAs

Demissão foi divulgada na quinta-feira (16) em São José do Rio Preto (SP). Médicas, que não tiveram o nome divulgado, foram contratadas para atuar nas UPAs por meio do convênio entre a Funfarme e a saúde pública. No entanto, pacientes têm reclamado da demora no atendimento, com filas de espera de até oito horas na UPA em Rio Preto (SP).

As médicas que trabalhavam nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) por meio de um convênio com a prefeitura foram demitidas após as denúncias de supostas irregularidades na atuação profissional em São José do Rio Preto (SP). A demissão foi divulgada na quinta-feira (16).

Segundo a Fundação Faculdade Regional de Medicina (Funfarme), uma terceira profissional, afastada pela Prefeitura de Rio Preto, está sob análise da instituição de saúde. A Secretaria de Saúde de Rio Preto confirmou na terça-feira (14) que afastou as médicas após o vazamento de um áudio compartilhado em um grupo nas redes sociais, onde uma delas expõe um suposto esquema de demora no tempo de atendimento dos pacientes.

As possíveis irregularidades na jornada de trabalho de cinco médicos plantonistas são investigadas em um inquérito aberto pela Polícia Civil na quinta-feira (16). Entre as denúncias feitas por ele, está a de que supostamente a demora no atendimento é estimulada pelo Sindicato dos Médicos.

O prefeito Coronel Fábio Candido (PL) levou o caso à polícia, registrando um boletim de ocorrência contra a presidente do sindicato, Merabe Muniz. A mulher deixou o cargo de coordenadora da urgência e emergência da cidade. De acordo com ela, entretanto, os médicos têm atendido um número acima da média estabelecida na resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM).

O inquérito também investiga profissionais suspeitos de fraudar o sistema de ponto e não cumprir a jornada de trabalho nas UPAs, configurando prevaricação, que ocorre quando um funcionário público comete um crime contra a administração pública por interesse pessoal. As denúncias acontecem em paralelo com uma “explosão” de casos de dengue, com 1.172 registros em 2025, segundo a Secretaria de Saúde de SP.

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