Furacão Milton deixa ao menos 10 mortos na Flórida e causa estragos generalizados

A passagem do furacão Milton pela Flórida, que começou na noite de quarta-feira, 9, deixou ao menos 10 mortos e causou destruição significativa no estado. O fenômeno, considerado um dos mais intensos dos últimos tempos, atingiu o solo da Flórida com ventos de até 205 km/h, antes de enfraquecer ao longo da madrugada.

De acordo com autoridades locais, o condado de Volusia registrou três mortes confirmadas, incluindo uma pessoa que faleceu após a queda de uma árvore. O condado de St. Lucie também reportou mortes, incluindo duas ocorridas em uma comunidade de aposentados na cidade de Fort Pierce, onde tornados associados à tempestade destruíram casas. No total, mais de 100 casas foram danificadas ou destruídas em toda a região.

Estragos e alertas

Mais de 3 milhões de imóveis estão sem energia e ruas foram inundadas em várias partes do estado. Além disso, o furacão provocou 116 alertas de tornado, dos quais 19 foram confirmados. Centros de evacuação estão lotados, abrigando milhares de pessoas e até 1.700 animais de estimação.

O governador Ron DeSantis e o presidente Joe Biden pediram que a população permaneça em abrigos até que seja seguro sair. Equipes de resgate foram mobilizadas para atuar assim que as condições permitirem.

Impactos econômicos e recuperação

Analistas preveem que os danos causados pelo furacão Milton podem chegar a US$ 100 bilhões, afetando estradas, residências e a infraestrutura da Flórida. Aeroportos em cidades como Tampa e Orlando foram fechados, assim como parques temáticos.

O furacão já seguiu em direção ao Oceano Atlântico, onde deve perder força e ser rebaixado para uma tormenta tropical. As autoridades continuam alertando para o risco de inundações e novos tornados, enquanto a Flórida tenta se recuperar dos estragos causados por Milton e outros fenômenos recentes.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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