Furtos de cabos de energia no Ceará em 2024 superam ano anterior: Enel intensifica ações de combate

Em 2024, furtos de cabos de energia no Ceará ultrapassaram a quantidade de 2023, um mês antes do ano acabar. Até o fim de novembro, foram 290 quilômetros de fios furtados, o que representa 58 km a mais do que no ano anterior inteiro. Os criminosos têm utilizado táticas como colocar os cabos furtados em sacos de venda de camarão na tentativa de despistar a Polícia.

O número de cabos de energia furtados no Ceará em 2024 superou o total registrado durante todo o ano passado, de acordo com informações divulgadas pela Enel Ceará nesta terça-feira (17). Em média, aproximadamente 25 quilômetros de cabos foram furtados mensalmente em 2024. Os meses com mais registros foram novembro com 40 km, janeiro com 39 km e maio com 30 km.

Os municípios mais afetados pela prática criminosa estão localizados em regiões litorâneas do estado, com destaque para o Litoral Leste e a Região Metropolitana de Fortaleza. Entre os municípios com maior quantidade de fios furtados no Ceará estão Beberibe com 54 km, Aquiraz e Icapuí com 25 km cada, São Gonçalo do Amarante com 23 km e Camocim com 20 km.

A Enel alertou que o furto de cabos da rede elétrica prejudica toda a população, impactando diretamente o fornecimento de energia. Em 2023, mais de 237 quilômetros de cabos foram furtados da rede elétrica da Enel no estado, equivalente à distância entre Fortaleza e Mossoró, no Rio Grande do Norte. Casos de furto se concentraram principalmente entre os meses de setembro e dezembro.

Como forma de combate às ações de furto de cabos, a Enel, com apoio dos órgãos de segurança do Ceará, intensificou os trabalhos de investigação e inspeção em campo, realizando visitas a sucatas em todo o estado. A empresa informou que já foram presas 34 pessoas em 2024 por furto ou receptação dos cabos furtados. Além das ações investigativas, a substituição de cabos de cobre por cabos de alumínio ou aço cobreado tem sido adotada em áreas com alta incidência de furto e em novos projetos para reduzir essas ações criminosas.

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Julgamento do assassinato do prefeito de Granjeiro: após 5 anos, família ainda aguarda por justiça

Após 5 anos, o assassinato do prefeito de Granjeiro ainda não teve um desfecho no julgamento dos criminosos envolvidos no caso. João Gregório Neto foi morto a tiros enquanto caminhava perto do Açude Junco em uma manhã de terça-feira, em 24 de dezembro de 2019, véspera de Natal. O prefeito foi atingido pelas costas e faleceu no local do crime.

Cinco anos se passaram desde o trágico episódio, mas a família ainda aguarda por respostas e por justiça em relação aos dez réus pronunciados pela morte de João Gregório. Entre os acusados estão o ex-vice-prefeito de Granjeiro, Ticiano da Fonseca Félix, seu pai Vicente Félix de Sousa e seu tio José Plácido da Cunha. Todos foram detidos durante as investigações, porém posteriormente foram libertados pela Justiça.

Segundo apurações do DE, apenas José Plácido da Cunha está sendo monitorado por uma tornozeleira eletrônica, sendo capturado em junho deste ano em Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza, onde estava foragido. O processo criminal envolvendo o assassinato de João Gregório Neto está sob sigilo de justiça e os réus aguardam por um eventual julgamento.

Para a família do prefeito assassinado, o crime gerou um profundo impacto, especialmente após as mortes dos pais de João Gregório três anos depois. Em meio à dor e à saudade, o mês de dezembro se tornou um período marcado por lembranças dolorosas para aqueles que conviviam com ele.

A busca por justiça continua viva na família, como revela Fernanda Gregório, sobrinha de João. Mesmo com a passagem de cinco anos, a esperança de que os responsáveis sejam responsabilizados permanece, em meio às incertezas e à demora no desfecho do processo.

Com a defesa alegando inocência e questionando o processo da Polícia Civil, a demora no julgamento e a complexidade do caso envolvendo os réus acusados de participação no homicídio do prefeito de Granjeiro mantêm a expectativa por um desfecho que traga paz e justiça para a família e para a comunidade local. Os desdobramentos estão sob análise das autoridades competentes, no aguardo de que a verdade seja devidamente esclarecida.

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