Fusão entre Gol e Azul não deve elevar preços de passagens, diz ministro

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou nesta terça-feira, 21, que o governo não espera um aumento nos preços das passagens aéreas caso a fusão entre as companhias Azul e Gol seja concretizada. O processo está sob análise do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

De acordo com o ministro, a fusão pode, na verdade, beneficiar o setor, fortalecendo a aviação regional e otimizando a utilização das aeronaves. “Tenho confiança de que não haverá aumento de preços. Em muitos casos, a união das operações permitirá maior eficiência. Por exemplo, atualmente temos voos para o mesmo destino operados pelas duas companhias com metade da capacidade ocupada. Com um único voo mais lotado, liberamos aeronaves para outras rotas pelo Brasil”, explicou.

Costa Filho destacou que a consolidação das companhias pode trazer ganhos de escala, organização estrutural e melhoria na malha aérea nacional, o que tende a reduzir custos e beneficiar os consumidores.

Prioridade no fortalecimento do setor aéreo

O ministro ressaltou que o governo está focado em fortalecer as companhias aéreas, que juntas representam cerca de 64% do mercado. Para evitar impactos negativos, como uma possível quebra dessas empresas, o governo lançou uma linha de crédito de R$ 4 bilhões.

“Nossa prioridade é dialogar com as companhias, entender suas perspectivas e apoiar a estruturação do setor. Já iniciamos conversas com o presidente da Gol e, na próxima semana, nos reuniremos com o presidente da Azul para discutir a possível fusão e medidas para fortalecer a aviação brasileira”, afirmou.

Programa AmpliAR

Durante o anúncio, o ministro também comentou sobre o avanço do AmpliAR, programa voltado para investimentos privados em aeroportos regionais. O edital do primeiro bloco, que abrange 50 aeroportos, deverá ser lançado entre março e abril, com leilões previstos para meados do ano.

“Estamos finalizando a etapa de escuta com o setor produtivo e já temos concessionárias interessadas. A expectativa é que, até junho ou julho, iniciemos as primeiras contratações do programa”, afirmou Costa Filho, destacando o impacto positivo esperado para a infraestrutura aeroportuária regional no Brasil.

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