Futebol feminino impulsiona mulheres para novas funções no esporte

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Futebol feminino impulsiona mulheres na busca por novas funções fora das quatro linhas
O crescimento do futebol feminino no Brasil tem refletido em maiores oportunidades para mulheres além das quatro linhas, como o aumento no número de mulheres buscando cursos para atuar como treinadoras e em outras áreas técnicas relacionadas ao esporte. Em 2017, apenas uma mulher buscava os cursos profissionalizantes oferecidos pela CBF, mas atualmente são mais de 200 mulheres em busca de especialização no futebol.

No cenário atual, apenas um time da elite do Campeonato Brasileiro Feminino possui uma mulher como treinadora: Rosana Augusto, ex-Flamengo, comandando o Palmeiras. O Sport, que competirá na Série A2 na próxima temporada, tem Macarena Deichler como treinadora da equipe. Ao longo da temporada, equipes como Ferroviária, Flamengo e Grêmio também contaram com treinadoras mulheres. Na Seleção, Rilany Silva lidera a equipe sub-17 e Camilla Orlando, ex-Palmeiras, está à frente da sub-20.

A presença feminina nas comissões técnicas dos clubes no Brasil é cada vez mais comum, especialmente para equipes que disputam a Conmebol Libertadores Feminina, onde há uma obrigatoriedade de inclusão de mulheres. De acordo com a CBF Academy, a procura por cursos oferecidos pela entidade por mulheres tem aumentado significativamente.

Uma mudança no interesse feminino pelo futebol teve início em 2019, ano da Copa do Mundo Feminina, e com a retomada de clubes brasileiros tradicionais na modalidade. Em 2021, um workshop gratuito atraiu mais de 400 mulheres interessadas no esporte. A treinadora Tatiele Silveira ressalta a importância de iniciativas que valorizem e criem espaço para as mulheres no futebol, destacando a necessidade de reconhecimento da competência das treinadoras pelos clubes e pela confederação.

Ferroviária e Palmeiras decidem o título da Copa do Brasil Feminina, reforçando a crescente importância e visibilidade do futebol feminino no cenário esportivo nacional. A presença de mulheres em cargos técnicos, tanto no futebol feminino quanto no masculino, é defendida por treinadoras como Rosana Augusto e Camilla Orlando, que acreditam na quebra de paradigmas e na preparação das mulheres para atuarem no esporte.

A Fifa também tem como objetivo aumentar a presença de mulheres em comandos técnicos no futebol, visando tornar o ambiente mais inclusivo e estimular a participação de profissionais femininas no esporte. Com a proximidade da Copa do Mundo Feminina de 2027 no Brasil, a expectativa é de ampliar as oportunidades para mulheres no futebol e promover a igualdade de gênero no cenário esportivo global. A evolução e ascensão das treinadoras no futebol feminino representam um passo importante rumo à equidade de gênero no esporte.

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