Gabinete de Combate à Dengue dará apoio a municípios com alto risco de epidemia

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) definiu as primeiras ações a serem realizadas nos 84 municípios goianos classificados como de alto risco para a dengue, durante reunião do Gabinete de Combate à Dengue e outras Arboviroses da SES-GO, nesta quarta-feira (17/01).

O encontro contou com a presença do secretário de Estado da Saúde, Sérgio Vencio, o superintendente de Planejamento da SES, Rasivel dos Reis Santos Júnior, demais gestores da secretaria e representantes da Defesa Civil do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás.

O superintendente Rasivel Santos acentuou que a SES vai atuar em parceria com os gestores e profissionais dos municípios com o objetivo de evitar as complicações e mortes por arboviroses, em especial a dengue.

“O Gabinete de Crise será replicado nos hospitais, nas unidades de pronto atendimento (UPAs) e nas unidades básicas de saúde dos municípios que apresentam um elevado número de casos de dengue”, sublinhou o superintendente.

Rasivel Santos destacou que o Governo de Goiás, por meio da SES e de instituições parceiras, estará presente em todos os municípios que necessitarem de apoio com insumos, como soro, organização geral, definição de fluxo e estruturação de processos, para que o paciente com sinais de alerta tenha uma hidratação rápida, vigorosa, que possa evitar complicações e mortes.

PREVENÇÃO

A SES-GO, em parceria com o Corpo de Bombeiros/Defesa Civil, desenvolveu durante a manhã desta quarta-feira uma ampla ação de vistoria e limpeza nos locais vulneráveis à proliferação do Aedes aegypti no complexo da Agência Brasil Central e da própria secretaria.

A ação está prevista no Decreto Estadual 9.860, de 05 de maio de 2021, que define a responsabilidade de prevenção de focos do Aedes aegypti em cada prédio que abriga órgãos e entidades públicas.

A coordenadora de Vetores da superintendência de Vigilância em Saúde da SES, Maristella dos Santos Sasse, destaca que, ao realizar essa ação em caráter de rotina, a secretaria quer dar o exemplo a ser seguido pelos representantes dos demais órgãos e instituições do Estado. A vistoria foi realizada em todo o espaço interno e externo dos do complexo.

“As equipes da epidemiologia inspecionaram as edificações, o espaço de arborização, o gramado do campo de futebol, entre outros locais”, destacou.

Já as equipes do Corpo de Bombeiros atuaram em locais de difícil acesso, como os reservatórios de água, as calhas e a cobertura dos prédios. Os bombeiros usaram drones e caminhões dotados de escadas.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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