Gabriel Monteiro, ex-vereador do Rio de Janeiro, é atualmente réu em pelo menos três ações penais, incluindo acusações graves como estupro, assédio sexual, vazamento de vídeo íntimo, calúnia e difamação. Além disso, também responde por ações cíveis por danos morais devido a vídeos polêmicos que ele publicou em suas redes sociais. Em diversos casos, Monteiro foi condenado a pagar indenizações que totalizam mais de R$ 240 mil por conta de conteúdo considerado ofensivo e inadequado.
No dia 21 de março, Gabriel Monteiro foi solto após passar um período detido no Presídio Pedrolino Werling de Oliveira, conhecido como Bangu 8. Mesmo com sua liberdade concedida, o ex-vereador ainda enfrenta sérias acusações que envolvem crimes delicados. Em um dos processos, ele foi condenado a pagar R$ 10 mil a um homem que se sentiu constrangido em uma pegadinha sobre racismo, gravada em Copacabana, na Zona Sul do Rio. Esses vídeos faziam parte de seu conteúdo divulgado nas redes sociais.
Além das ‘pegadinhas’, Gabriel Monteiro também ficou conhecido por seus vídeos de fiscalizações em unidades de saúde, principalmente em emergências públicas da cidade do Rio de Janeiro. No entanto, em alguns casos, ele foi condenado a pagar indenizações a funcionários desses estabelecimentos. Em uma das ações, um médico que trabalhava na UPA de Senador Camará acusou o ex-vereador de tê-lo ridicularizado e de dar voz de prisão de forma inadequada durante um plantão de madrugada.
Mesmo alegando agir dentro de suas prerrogativas como vereador, a Justiça entendeu que Gabriel Monteiro ultrapassou os limites legais em suas ações. Os vídeos demonstraram uma visão distorcida do ex-vereador sobre seus poderes e as atividades parlamentares, levando a condenações por abuso de poder e outras irregularidades. Em uma das sentenças, o juiz Luiz Eduardo de Castro Neves determinou que Monteiro pagasse R$ 20 mil de indenização por suas condutas inadequadas.
Além dos processos já citados, Gabriel Monteiro responde a outras acusações graves, como estupro, assédio sexual, vazamento de vídeo íntimo, calúnia e difamação. As denúncias incluem casos de forçar relações sexuais com uma mulher após apontar-lhe uma arma, filmar cenas de sexo explícito com uma adolescente e acusar um empresário de envolvimento em atividades ilegais. Tais crimes estão sendo investigados e julgados pela Justiça.
Após sua liberdade concedida, Gabriel Monteiro deve cumprir medidas cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de deixar o Rio de Janeiro, comparecimento periódico em juízo e a proibição de contato com a vítima de um dos crimes. A defesa do ex-vereador afirma que os processos são sigilosos e não pode fornecer mais informações sobre o caso. Monteiro, que foi eleito o terceiro vereador mais votado do Rio em 2020, tem um histórico polêmico que inclui invasões a locais públicos para produzir conteúdo para suas redes sociais.