Gabrielle Cristine: mandante de assassinato por guarda de criança.

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Gabrielle Cristine Pinheiro Rosário, apontada pela polícia como mandante do assassinato de Laís de Oliveira Gomes Pereira, se entregou na DH na tarde de segunda-feira. Presa suspeita de mandar matar a jovem Laís em Sepetiba, no Rio, para ficar com a filha dela. A Polícia do Rio interceptou mensagens que revelam que Gabrielle Cristine Pinheiro Rosário, de 21 anos, presa por suspeita de mandar matar Laís de Oliveira Gomes Pereira, em Sepetiba, já havia falado com o marido sobre a intenção de cometer o crime mais de um mês antes da execução.

De acordo com o relatório do delegado Robinson Gomes que pediu a prisão temporária de Gabrielle, ela teria conversado com o marido no dia 29 de setembro deste ano: “Te falar: queria matar demais a Laís. Deus me livre”, disse em uma das mensagens. No diálogo, seu marido, Lucas, responde que aquilo “nem vale a pena”. Gabrielle responde com uma frase curta: “Vms ve” (Vamos ver)”.

Gabrielle Cristine Pinheiro Rosário, apontada pela polícia como mandante do assassinato de Laís de Oliveira Gomes Pereira, em Sepetiba, se entregou nesta segunda-feira (17). A vítima morreu 36 dias depois, no dia 4 de novembro, em Sepetiba, quando andava com o filho mais novo em um carro de brinquedo. Segundo as investigações, Gabrielle teria ordenado a morte por ser obcecada em possuir a guarda da filha mais velha de Laís. Para o Ministério Público e a Delegacia de Homicídios da Capital, não há dúvidas de que Gabrielle foi a mandante do crime, e a mensagem é um “indício inequívoco de intenção”.

Mensagens de Gabrielle Cristina sobre a vontade de matar Laís, ex-mulher do atual marido. Vítima morreria dias depois. “A execução, de forma premeditada (disparos de arma de fogo em plena via pública, sem subtração de bens e com a placa da moto coberta), aponta para um crime de mando. Essa prova documental, aliada ao motivo passional, estabelece Gabrielle como mentora intelectual do assassinato”, afirma a promotora Laíla Antonia Olinda de Magalhães. A Polícia Civil vai investigar se Gabrielle participava de uma quadrilha envolvida com estelionatos.

Gabrielle estava foragida. O Disque Denúncia divulgou 2 cartazes com fotos da suspeita (veja abaixo) — um deles com o visual modificado, em que ela aparece morena e sem óculos. Os investigadores acreditam que ela tenha mudado a aparência para dificultar a prisão. Na sexta-feira (14), a polícia prendeu Ingrid Luiza da Silva Marques, apontada como intermediária entre Gabrielle e os dois executores do crime. Os dois homens contratados, Erick Santos Maria e Davi de Souza Malto, foram presos e confessaram participação.

A polícia identificou trocas de mensagens entre Gabrielle e Laís pouco antes do assassinato. Nos diálogos, a suspeita perguntava onde a vítima estava e para onde iria. Poucos minutos depois da conversa, Laís foi morta. Os investigadores apontam que a comunicação pode ter servido para monitorar os passos da vítima e repassar informações aos executores. Gabrielle é considerada pela polícia uma pessoa controladora e possessiva em relação à filha de Laís. Depoimentos de familiares e amigos da vítima indicam que ela exigia ser chamada de “mãe” pela enteada e que tinha comportamento de “obsessão” em relação à criança.

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