O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, e a Polícia Militar realizaram nesta terça-feira (3) a prisão de novos integrantes de uma quadrilha de agiotas que atuava em Franca (SP) e cidades da região. A operação aconteceu no âmbito da 2ª fase da Operação ‘Castelo de Areia’. Mesmo com comparsas anteriores na cadeia, os suspeitos mantiveram o esquema ativo, conforme aponta a investigação.
No total, foram cumpridos 17 mandados de prisão temporária e 22 mandados de busca e apreensão em Franca e Ribeirão Preto (SP). Nessa fase da operação, denominada “Castelo de Areia”, foram realizadas apreensões de dinheiro em espécie, armas, relógios de luxo, joias e celulares. As ações visam desmantelar a atuação criminosa da quadrilha, que movimentou cerca de R$ 31 milhões nos últimos quatro anos.
Em fases anteriores da operação, realizadas entre novembro de 2023 e janeiro de 2024, sete pessoas foram presas sob suspeita de movimentar outros R$ 36 milhões. No entanto, todos os envolvidos, inclusive um ex-policial civil, foram condenados a 20 anos de prisão. Mesmo diante dessas prisões anteriores, os investigadores descobriram que a quadrilha continuou ativa, com alguns integrantes desafiando a punição e mantendo suas atividades ilícitas.
As investigações apontam que a quadrilha realizava empréstimos com juros abusivos e, posteriormente, pressionava as vítimas através de ameaças violentas para a cobrança dos valores devidos. Mesmo diante das ações judiciais e das prisões anteriores, os criminosos continuaram atuando de forma desafiadora, alegando que não seriam intimidados nem punidos. Essa postura dos suspeitos motivou a deflagração da segunda fase da Operação ‘Castelo de Areia’.
A decisão judicial que condenou os integrantes da quadrilha ressaltou o esquema de lavagem de dinheiro utilizado pelo grupo criminoso. O ex-policial civil, responsável por intimidar devedores e manter o esquema em funcionamento, teve sua postura reprovada pelo magistrado. A quadrilha, comandada por pai, filho e sobrinho, movimentou milhões com a prática de agiotagem, utilizando táticas violentas para reaver os valores emprestados.
A Operação “Castelo de Areia” contou com a participação do Gaeco, da Polícia Militar e da Corregedoria da Polícia Civil, resultando em prisões temporárias, apreensões e buscas em Franca e Ribeirão Preto (SP). As investigações revelaram um esquema lucrativo de empréstimos a juros elevados, seguidos por ameaças e violência na cobrança dos valores devidos. Os lucros obtidos eram ocultados através da abertura de empresas de fachada, compra de veículos e imóveis, configurando crimes de lavagem de dinheiro.