Ganhador da mega-sena morre menos de um mês após retirar prêmio de R$ 201 milhões

Ganhador da Mega-Sena de R$ 201 Milhões Morre 24 Dias Após Prêmio

Antônio Lopes de Siqueira, um pecuarista de 73 anos, faleceu na manhã de quarta-feira, 4 de dezembro, durante um procedimento odontológico em uma clínica em Cuiabá, Mato Grosso. Ele havia se tornado milionário 24 dias antes, ao ganhar o prêmio de R$ 201,9 milhões da Mega-Sena. O prêmio, o maior do ano, foi sorteado no dia 9 de novembro.

Siqueira fez uma aposta simples de R$ 5 e acertou as seis dezenas sorteadas, recebendo o prêmio integral sem dividir com ninguém. Este foi um dos 10 maiores prêmios da história da Mega-Sena, considerando apenas concursos regulares.

A morte de Antônio ocorreu enquanto ele realizava um tratamento odontológico. Segundo a família, ele estava fazendo um implante dentário na clínica quando sofreu um mal súbito por volta das 10h. A equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) encontrou Antônio caído e em parada cardiorrespiratória há mais de 30 minutos.

Ele foi levado para o Hospital Universitário Júlio Müller, mas não resistiu e faleceu. A causa da morte ainda não foi confirmada, mas a suspeita é de que Antônio tenha sofrido um mal súbito. O Instituto Médico Legal (IML) fará a perícia para apurar a causa.

A ficha de paciente na clínica indicava que ele sofria de hipertensão e diabetes e estava há uma semana fazendo um tratamento dentário. Antônio era pecuarista e trabalhava com a compra e venda de gado em fazendas de Mato Grosso. Ele deixou quatro filhos.

O proprietário da lotérica onde a aposta foi realizada relatou que Antônio ia frequentemente à lotérica e costumava brincar que ganharia o prêmio.

A clínica onde o procedimento foi realizado está acompanhando a situação da família com atenção e oferecendo suporte necessário. A empresa aguarda a conclusão dos laudos técnicos especializados que esclarecerão todos os detalhes sobre o incidente.

O delegado Edison Pick, da Polícia Civil, está investigando o caso e afirmou que, caso tenha sido um mal súbito, não é culpa da clínica. Ele também mencionou que a polícia irá ouvir o dentista que atendeu a vítima e as testemunhas para esclarecer se foi uma morte natural ou se há ligações com o prêmio.

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Polícia avalia exumação de corpo do pai de suspeita em caso de envenenamento com arsênio

Polícia Avalia Exumação de Corpo em Caso de Envenenamento com Arsênio por Deise Moura dos Anjos

A Polícia Civil está avaliando a possibilidade de pedir a exumação do corpo de José Lori da Silveira Moura, pai de Deise Moura dos Anjos, que está presa sob suspeita de matar quatro pessoas da família do marido por envenenamento.

Acusações e morte familiar

Deise é acusada de ter envenenado três pessoas através de um bolo com arsênio em dezembro de 2024 e outra pessoa meses antes, também com o mesmo composto químico. José Lori da Silveira Moura faleceu aos 67 anos em Canoas, em 2020, devido a cirrose. No entanto, a polícia quer esclarecer outros casos de morte de pessoas próximas ao círculo familiar de Deise, considerando o comportamento frio que ela apresentou durante as investigações.

Durante uma coletiva de imprensa, o delegado Marcos Veloso afirmou que Deise pesquisou e comprou arsênio muito antes da primeira morte por envenenamento no núcleo familiar. A diretora regional de polícia do Litoral, Sabrina Deffente, também destacou que há fortes indícios de que Deise tenha praticado outros envenenamentos em pessoas próximas da família.

A diretora-geral do IGP, Marguet Mittmann, explicou que é possível identificar a presença de arsênio por muitos anos, e que a polícia pode enviar materiais para análises. No caso de Paulo Luiz dos Anjos, a perícia afirmou que a quantidade de arsênio era alta.

Além disso, há suspeitas de que Deise tenha envenenado o marido e o filho. Seis pessoas da mesma família passaram mal após consumir um bolo que continha arsênio, resultando em três mortes. Zeli Teresinha dos Anjos, responsável por fazer o bolo, foi hospitalizada.

A causa da morte de Paulo Luiz foi inicialmente atestada como intoxicação alimentar, mas a exumação confirmou arsênio como causa. Deise comprou arsênio pela internet e pesquisou sobre a substância, aguardando provas para se manifestar.

 

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