“Garageiros” são presos tentando transferir veículo com documento falso

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O serviço de inteligência do Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO) flagrou o proprietário de uma revenda e a assistente administrativa da empresa tentando finalizar a transferência de um veículo com documentos falsos.

Com o processo em mãos, as duas pessoas procuraram a Gerência de Atendimento Regional, localizada na sede da autarquia em Goiânia, para finalizar um serviço iniciado na Ciretran de Aparecida de Goiânia, já fechada, e acabaram presas.

PROCURAÇÃO ADULTERADA

Conforme o Boletim de Ocorrência da Polícia Militar e o auto de prisão em flagrante lavrado na Central de Flagrantes, o proprietário e a assistente da revenda procuraram atendimento para fechar a transferência de um Gol, que havia ficado pendente. A procuração que teria sido feita pelo dono do veículo em nome do empresário era adulterada.

O servidor que fez o atendimento do casal desconfiou da veracidade do documento e consultou a autenticidade do selo junto ao Tribunal de Justiça. O procedimento confirmou que a procuração possuía selo “adulterado/falsificado”. Diante disso, foi dada a voz de prisão em flagrante pelos militares lotados no Detran.

Segundo o presidente da autarquia, delegado Waldir, foi averiguado junto ao Cartório Bruno Quintiliano, em Aparecida de Goiânia, que reconhecimento de firma da assinatura do proprietário do veículo no documento também tinha sido falsificado.

ANTECEDENTES CRIMINAIS

O presidente do Detran também destacou que o proprietário da loja de veículos possui antecedentes criminais. Além do trabalho da Polícia Civil, o Detran-GO também fará um levantamento para averiguar a legalidade das ações da empresa no que se refere à transferência de veículos.

Ele lembra que a unidade de Aparecida de Goiânia foi fechada após a constatação de condutas ilícitas e ressalta que a atual gestão tem sido enfática no combate à corrupção.

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Papa Francisco revela tentativas de atentado durante visita ao Iraque em 2021

Em sua autobiografia, o Papa Francisco revelou que duas tentativas de atentado contra ele foram frustradas durante sua visita histórica ao Iraque, em 2021. O pontífice relatou que foi informado pelos serviços de segurança britânicos sobre uma jovem que estaria a caminho de Mossul, uma das maiores cidades iraquianas, carregando explosivos com a intenção de se explodir durante sua presença. Além disso, ele mencionou uma van que teria partido em alta velocidade com o mesmo objetivo.

No trecho publicado pelo jornal italiano Corriere Della Sera, Francisco descreve a resposta recebida no dia seguinte pela Gendarmaria do Vaticano. Segundo ele, o comandante informou que os responsáveis haviam sido interceptados e “não estavam mais lá”, uma referência à atuação das autoridades iraquianas, que teriam evitado os ataques. “Isso também foi muito marcante para mim. Isso também foi o fruto envenenado da guerra”, escreveu o pontífice em suas memórias.

O relato faz parte do livro Esperança, que será lançado no início de 2024, próximo ao aniversário de 88 anos de Francisco, celebrado nesta terça-feira, 17.

A visita ao Iraque marcou a primeira vez que um líder da Igreja Católica esteve no país, em uma viagem considerada de alto risco devido à situação de segurança e à pandemia de Covid-19. Mesmo assim, Francisco decidiu seguir com a missão, destacando a importância histórica e religiosa do Iraque, lar de uma das comunidades cristãs mais antigas do mundo.

Durante a viagem, o Papa demonstrou solidariedade aos cristãos perseguidos no país e se encontrou com o Grande Aiatolá Ali al-Sistani, uma das figuras mais influentes do islamismo xiita, em um encontro considerado histórico para o diálogo inter-religioso.

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