Garçom condenado a 32 anos por matar mulher em discussão de preço de programa

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Garçom é condenado a 32 anos de prisão por matar mulher durante discussão no
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Uma discussão entre um garçom e uma mulher resultou em uma tragédia em Fortaleza, deixando a vítima morta. O garçom, que foi identificado como Antônio Carlos Sousa Pereira, foi condenado a 32 anos de prisão pelo crime, que teve como motivação uma divergência de R$ 50 no preço de um programa sexual. O caso chocou a comunidade local e repercutiu amplamente na mídia.

De acordo com informações do processo judicial, a discussão entre Antônio e a vítima, Bruna Gonçalves, de 30 anos e mãe de três filhos, aconteceu em outubro de 2024, no Bairro Varjota, em Fortaleza. O garçom alegou que o preço acordado pelo programa sexual era de R$ 350, porém Bruna teria cobrado R$ 400, valor que ele não possuía no momento.

Após a discussão, Antônio Carlos cometeu o crime, matando Bruna com golpes de faca de cozinha. O garçom foi preso em flagrante e confessou à polícia que agiu por impulso, sob efeito de substâncias entorpecentes. O caso foi julgado pelo Conselho de Sentença da 5ª Vara do Júri de Fortaleza, que o sentenciou a 32 anos, 6 meses e 15 dias de reclusão em regime inicialmente fechado.

Além da pena de prisão, Antônio foi condenado a pagar uma indenização de R$ 13,5 mil por dano moral à família da vítima, não podendo recorrer em liberdade. O crime comoveu a população e trouxe à tona a discussão sobre a violência contra as mulheres e a importância de combater o feminicídio.

Antônio Carlos, natural de Tejuçuoca, interior do Ceará, estava morando em Fortaleza e trabalhava em uma churrascaria. Segundo seu depoimento à polícia, ele estava sob efeito de drogas no momento do crime e havia encontrado Bruna em um site de “acompanhantes de luxo”. A vítima foi até a casa do garçom, onde a tragédia ocorreu.

Durante a investigação, a polícia encontrou cerca de R$ 470 no local do crime, sem esclarecer a origem do dinheiro. Após a conclusão do inquérito, Antônio Carlos foi indiciado por homicídio qualificado por motivo torpe e denunciado pelo Ministério Público por feminicídio não íntimo, uma vez que ele e a vítima não tinham relação anterior.

Bruna deixou três filhos pequenos, que não viviam com ela. A jovem morava com um amigo e tinha pouco contato com a família devido à distância. O caso gerou comoção na comunidade e levantou debates sobre a segurança das mulheres e a urgência de medidas para prevenir a violência de gênero.

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