Garimpeiro na Bahia guarda esmeralda gigante há 6 anos, maior que a arrematada por R$175 milhões em leilão.bold

Garimpeiro guarda pedra preciosa com esmeraldas maior que a arrematada por R$
175 milhões em leilão da Receita Federal

Uilson Diego encontrou pedra preciosa na mineração dele, também localizada em
Serra da Carnaíba, em Pindobaçu, no norte da Bahia, mesmo município de origem do
item leiloado pela Receita Federal.

Um garimpeiro baiano guarda, há seis anos, uma esmeralda gigante encontrada na
mesma região da que foi contrabandeada para os Estados Unidos nos anos 2000.
Segundo a Cooperativa Mineral da Bahia (CMB), a pedra rara pesa 147 quilos e tem
93 centímetros de altura e 43 de largura.

Uilson Diego, de 39 anos, encontrou a pedra em 2018, em uma área de mineração na
Serra da Carnaíba, em Pindobaçu, cidade do norte da Bahia que
é conhecida como “capital das esmeraldas”. O item foi achado a cerca de 230 metros de profundidade.

“Quando encontramos essa pedra foi uma grande alegria. A gente trabalha com o
objetivo de encontrar essas pedras, então foi uma felicidade”, contou.

A exploração da mina Antônio Batata, onde Uilson Diego trabalha, é vinculada à
Cooperativa Mineral da Bahia (CMB) através de títulos minerários outorgados pela
Agência Nacional de Mineração. Em nota, o grupo informou que a pedra de Uilson
Diego é considerada rara.

“O cooperado guarda essa esmerada com ele desde sua extração. Para se ter uma
ideia, há no Brasil muitos garimpos de esmeralda, mas que produz a pedra desse
tamanho, apenas aqui nas Carnaíbas, em Pindobaçu”, informou a CMB, em nota.

Ao DE, o garimpeiro contou que a pedra ainda
não tem um valor estipulado. Apesar disso, uma esmeralda gigante de 137 quilos,
também encontrada em Pindobaçu, foi leiloada em maio deste ano por R$ 175
milhões.

Inicialmente guardei a pedra esperando o melhor momento para negociar. É muito
difícil encontrar uma pedra desse porte. A gente cava todos os dias, encontramos
menores, mas desse tamanho e peso é muito difícil”, contou Uilson Diego.

Dono do garimpo há seis anos, Uilson Diego tem 20 funcionários que trabalham
diariamente em busca de esmeraldas. A pedra de 147 quilos é a maior encontrada
por ele neste período. Caso venda a esmeralda gigante, ele vai precisar dar 3%
do valor para a cooperativa e outra porcentagem, que não foi detalhada, para os
sócios e funcionários.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Operação Lei Para Todos: DE denunciado por esquema milionário do jogo do bicho na Bahia – Justiça bloqueia R$160 milhões

DE envolvido em esquema que movimentou R$ 5 bilhões com jogo do bicho é
denunciado na Bahia

Suspeitos aparecem vinculados a uma rede de jogos de azar autointitulada
‘Paratodos’, que atua há décadas no estado. Mais de R$ 160 milhões foram
bloqueados pela Justiça.

1 de 1 Sede do Ministério Público da Bahia (MP-BA) no CAB, em Salvador — Foto:
MP-BA

Uma operação deflagrada nesta quarta-feira (18), na Bahia, mirou envolvidos em
um esquema que usou o jogo do bicho e máquinas caça-níqueis para movimentar
cerca de R$ 5 bilhões no estado. Um grupo com 14 pessoas foi denunciado pelo
Ministério Público (MP-BA) por lavagem de dinheiro.

Segundo o órgão, os envolvidos aparecem como sócios de 23 empresas que serviram
de fachada para o crime, entre 2010 e 2020. O esquema tinha envolvimento com a
rede de jogos de azar autointitulada “Paratodos”, que atua há décadas na Bahia.
Até então, mais de R$ 160 milhões foram bloqueados pela Justiça.

As investigações mostram que parte das empresas funcionava para inserir o
dinheiro do jogo do bicho e da exploração de máquinas caça-níqueis na economia
formal. Já a outra parte, tinha como objetivo a blindagem patrimonial, por meio
da mescla dos recursos ilícitos com recursos lícitos, obtidos com a exploração
de atividades econômicas formais.

Ainda conforme apontou o MP-BA, as apurações, que contaram com quebra dos
sigilos bancário e fiscal dos denunciados, apontam um aumento patrimonial
significativa dos envolvidos, chegando a saltar, em um dos casos, de R$ 9
milhões para mais de R$ 65 milhões em nove anos.

Os denunciados foram identificados como:

* Adilson Santana Passos
* Adilson Santana Passos Júnior
* Augusto César Requião da Silva
* Frederico Pedreira Luz
* Joana Mascarenhas Requião da Silva
* João Carlos Pinto
* José Geraldo de Sousa Almeida
* José Fernando de Carvalho Júnior
* José Luiz de Oliveira Simões
* Júlio Vinícius Reis Almeida
* Leandro Reis Almeida
* Leonardo Reis Almeida
* Marcos Augusto Pinto
* Maria Teresa Carvalho Luz

DE tenta localizar os envolvidos.

Apesar da “Operação Lei Para Todos” ter sido deflagrada pelo Grupo de Atuação
Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) somente nesta
quarta-feira, os bloqueios e as denúncias tinham sido definidos desde o dia 9 de
dezembro. Já foram sequestrados judicialmente:

* 91 veículos, com um valor total estimado de R$ 13 milhões
* 58 imóveis, os quais, somados, chegam ao total de aproximadamente R$ 55
milhões
* R$ 92,8 milhões foram bloqueados em contas bancárias

Além disso, conforme pontuou o MP-BA, ainda foram expedidos ofícios para a
apreensão de 13 lanchas, três motos aquáticas, um iate e 18 aeronaves. Os
valores dos bens não foram detalhados para a reportagem.

OPERAÇÃO DO ESQUEMA

O esquema seria operado a partir de três núcleos: do jogo do bicho, das máquinas
caça-níqueis e do bicho eletrônico, liderados por Adilson Santana Passos Júnior
e Leandro Reis Almeida, que são filhos e sucessores dos fundadores da
“Paratodos”, identificados como Adilson Passos e José Geraldo.

Além deles, também aparecem como chefes na investigação Augusto César Requião da
Silva, Maria Tereza Carvalho Luz e Frederico Pedreira Luz, segundo detalhou o
MP-BA.

Cada núcleo era responsável por um ramo:

* O primeiro núcleo controlava o tradicional e ilícito jogo do bicho na Bahia;
* O segundo fazia a exploração das máquinas caça-níqueis, inclusive com a
prática de contrabando das peças utilizadas nas máquinas;
* O terceiro núcleo era responsável por modernizar o jogo do bicho com o
sistema eletrônico de apostas (“bicho eletrônico”), principalmente por
intermédio da empresa Projeta Tecnologias e Projetos Ltda.

A investigação aponta Augusto César como “patrono” do jogo no estado e ele
aparece, junto com José Luiz de Oliveira Simões, outro denunciado, como sócio da
empresa OM Recreativo Administração e Locação Ltda.

O MP-BA aponta que a instituição funcionou como “fortaleza do jogo bicho”, no
bairro da Liberdade, em Salvador, sendo transferida
posteriormente para Pituaçu, também na capital baiana. Nos dois locais, eles
contavam “com forte esquema de segurança, com muros elevados, câmeras e vigias
armados”.

A investigação mostra ainda que a sigla OM apareceu nas máquinas caça-níqueis
identificadas durante as investigações.

Veja mais notícias do estado no DE Bahia.

ASSISTA AOS VÍDEOS DO DE E TV BAHIA

12 vídeos.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp