O preço do gás de cozinha atingiu a maior média mensal dos últimos 20 anos, podendo ser considerado o maior do século. No mês de setembro deste ano, a média nacional do preço do botijão do gás liquefeito de petróleo (GLP) está sendo vendido a R$ 98,7.
Dados são do monitoramento divulgado pelo Observatório Social da Petrobras (OSP), e mostram uma diferença de R$ 20 acima da média de um ano atrás, quando o item custava em média R$ 77,40. Desde agosto de 2020, o GLP sofre reajustes. As informações são desde julho de 2001.
De acordo com o observatório, a alta no preço do gás de cozinha é relacionada à política de preço dos combustíveis da Petrobras. Ela está alinhada ao PPI (Preço de Paridade de Importação), desde 2016. O monitor de preços da OSP também leva em consideração o levantamento de preços de combustíveis ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
Goiás
Em Goiás, o botijão de gás está na média dos R$103,00 reais. Zenildo Dias, presidente do Sindicato das Empresas Revendedoras de Gás da Região Centro-Oeste (SinerGás), também confirma a informação.
“O valor do botijão de gás aqui em Goiás, não é o maior do Brasil. Mato Grosso é o estado que o produto está mais caro. A média aqui está variando entre R$100,00 a R$ 125,00, mas não acredito que seja o maior do século comparado ao salário mínimo”, afirma Zenildo.
O presidente do SinerGás acredita que vários fatores influencia o aumento do GLP e que o valor de venda atualmente estipulado pelas distribuidoras é um valor justo por conta da estrutura e dificuldades enfrentadas.
“O valor cobrado pelos distribuidores não está tão alto assim, estamos comprando o produto da Petrobras por R$48,00 reais, o certo seria R$15,00, ainda devemos levar em consideração a queda de 20% nas vendas do ano passado para cá e o valor que pagamos para a transportadora que buscam os botijões diretamente da Petrobras, esse custo pode ser maior ainda dependendo da localização da distribuidora, estado da estrada e infraestrutura”, conclui o presidente.
Pesquisa de preço
O Procon Goiânia realizou uma pesquisa entre os dias 20 e 22 setembro em 24 estabelecimentos de diferentes regiões da cidade, para encontrar variações do preço para a população e identificação de preços abusivos cobrados por distribuidoras.
Em vídeo, o Presidente do Procon Goiânia, Gustavo Cruvinel, fala sobre o resultado da pesquisa e dá dicas de como não ser vítima de preços mais altos que o normal.
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