Gás de cozinha chega à R$ 110 em Goiás

Governo inicia pagamento do Auxilio Gás

Gás de cozinha chega à R$ 110 em Goiás

Assim como a gasolina, o botijão de gás pode sofrer um aumento em seu custo pela quinta vez no ano. Na última semana, a Petrobras anunciou um aumento de 5,9% para o botijão de gás de 13 quilos, o que pode fazer com que o preço chegue em R$ 100 reais na capital e R$ 110 reais no interior a partir dessa segunda-feira (14).

De acordo com a Agência Nacional de Petróleo, Goiânia tem o 13º maior preço médio do botijão de gás no país: cerca de R$ 90. Neste ano, o botijão de gás já havia aumentado 6% em janeiro, 5,1% em fevereiro, 5% em março e 5% em abril.

Em entrevista ao jornal O Popular, o presidente do Sindicado das Empresas Revendedoras de Gás da Região Centro-Oeste (Sinergás), Zenildo Dias, informa que em algumas cidades distantes o gás já está sendo vendido a R$ 105 por conta do custo de frete. O resultado de tantos aumentos seria por conta da queda nas vendas e o a queda de 10% dos empregos formais nos depósitos. ”Eu mesmo vendia 40 botijões por dia e, hoje, vendo pouco mais de 20. Precisei demitir”.

Além disso, os revendedores informais do Estado enfrentam uma concorrência desleal contra os vendedores clandestinos, que conseguem vender mais barato sem pagar impostos e direitos trabalhistas. ”Estimamos que cerca de 750 botijões são vendidos sem nota fiscal por mês em Goiás por causa da falta de fiscalização”, reclamou Zenildo.

Revendedores tem reclamado sobre o aumento dos imposto e como os botijões não tem vendido. Alguns chegaram a vender seus depósitos por falta de venda e margem de lucro menor do que no ano passado. ”Para ganhar alguma coisa, eu teria que vender R$ 120 agora, o que é impossível neste mercado concorrido e com muitos clandestinos” informa o vendedor Wesley Atanásio.

Enquanto o preço do botijão aumenta, a população tenta achar um jeito de cozinhar sem pesar no bolso. Fogões a lenha ou fogo com álcool tem se tornado cada vez mais frequente, o que pode ocasionar machucados e pessoas feridas se não foi feito de forma correta.

”Isso mexe com nosso lado emocional. Algumas vezes, para ajudar uma família carente, entregamos um botijão pelo valor abaixo do custo” informou o vendedor Diovani, que presenciou recentemente pessoas com queimaduras graves enquanto tentavam cozinhar.

Em nota, a Petrobras informou que seguem o equilíbrio com o mercado internacional e acompanha as variações do valor dos produtos de acordo com a taxa de câmbio e que busca evitar o repasse imediato.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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