Gás natural fica 11,1% mais barato nas distribuidoras a partir de 1º de fevereiro

A partir de 1º de fevereiro, o gás natural terá queda de 11,1% no preço vendido para as distribuidoras. O anúncio foi feito pela Petrobras nesta terça-feira, 10. A redução não impactará o gás de cozinha, apesar de ser uma de suas formas de uso. O combustível é utilizado para geração de calor e eletricidade e serve como matéria-prima para a indústria.

 

“A Petrobras ressalta que o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da companhia, mas também pelo portfólio de suprimento de cada distribuidora, assim como por suas margens (e, no caso do GNV, dos postos de revenda) e pelos tributos federais e estaduais”, informou a Petrobras por meio de nota.

 

De acordo com a empresa, o barateamento do gás natural  foi possível devido à redução nas cotações do dólar e do petróleo entre novembro do ano passado e janeiro deste ano. O aproveitamento chegou a 97,4% em novembro, segundo o Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural divulgado há três meses pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

 

O gás de cozinha depende das agências reguladoras estaduais para que as tarifas ao consumidor sejam reduzidas, conforme legislação e regulação específicas. A referência para esse produto é o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) e não o Gás natural veicular (GNV) destinado a carros.

GNV em Goiás

Os motoristas goianos não contam com a opção de GNV desde o fim de 2018, após o fim do contrato com o fornecedor do combustível. Seriam cerca de 4 mil condutores nesse grupo, de acordo com a agência criada pelo governo estadual há mais de 20 anos para viabilizar com exclusividade a chegada e o uso do gás natural no estado, a Goiás Gás.

De acordo com a Goiás Gás, não há previsão de retorno no atual cenário. O problema teria começado com a negativa da agência em renovar o contrato por reajuste abusivo e outras cláusulas consideradas intransigentes. No último ano de comercialização, eram vendidos  2,5 mil metros cúbicos diariamente no único posto com o GNV no estado.

 

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PF indiciou Bolsonaro e militares por plano de golpe e assassinato de autoridades

A Polícia Federal (PF) indiciou, nesta quinta-feira, 21, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em um inquérito que apura uma tentativa de golpe de Estado no Brasil, após as eleições presidenciais de 2022, nas quais Bolsonaro foi derrotado. Além do ex-presidente, a PF concluiu que mais 36 pessoas estão envolvidas, entre elas ex-ministros do governo, como Anderson Torres (Justiça), Augusto Heleno (GSI), e Braga Netto (Defesa), além de outros militares e aliados do ex-presidente.

O relatório final foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e aponta que os indiciados foram responsáveis por tramas golpistas, ações relacionadas aos atos de 8 de janeiro, e até um plano para assassinar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSD), e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, também foi indiciado e prestou depoimento ao STF nesta quinta-feira, 21, sendo considerado um dos últimos testemunhos a serem ouvidos no caso.

Entre os crimes atribuídos aos indiciados estão: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

Plano de assassinato

Além das investigações sobre os atos golpistas, a PF realizou uma operação, na terça-feira (19), contra uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos de Lula, Alckmin e Moraes. A organização, composta principalmente por militares das Forças Especiais, visava a realização de um golpe para impedir a posse do governo eleito em 2022.

A investigação revelou que o plano de assassinato foi preparado para o dia 15 de dezembro de 2022, e que Moraes estava sendo monitorado de forma contínua. A organização também tinha a intenção de criar um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise” para gerenciar as consequências de suas ações.

A PF concluiu que Bolsonaro tinha pleno conhecimento do plano, o que agrava ainda mais a situação do ex-presidente.

O 8 de Janeiro e as consequências

Em 8 de janeiro de 2023, seguidores de Bolsonaro invadiram e depredaram os prédios dos Três Poderes em Brasília, em protesto contra o resultado das eleições de 2022. O governo federal decretou intervenção na segurança do Distrito Federal e mais de 1.800 pessoas foram presas nos dias seguintes.

As investigações sobre os atos de 8 de janeiro identificaram financiadores e grupos organizados que planejaram os ataques. Bolsonaro passou a ser investigado após surgirem evidências de que ele havia incentivado discursos golpistas, levando o STF a aceitar denúncias contra centenas de envolvidos. Vários réus já foram condenados por crimes como associação criminosa, dano ao patrimônio público e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

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