Gasolina pode atingir menor preço desde março de 2021 em Goiás

O preço médio da gasolina pode chegar a R$5,56 em Goiás e se tornar o menor valor pago pelo consumidor final desde março de 2021. Naquele mês, a cobrança pelo litro no estado era de R$5,76 sendo que no mês anterior foi de R$5,08, de acordo com a Síntese dos Preços Praticados no Brasil da Agência Nacional do Petróleo (ANP). 

A expectativa do presidente do  Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado (Sindiposto), Márcio Andrade, é de que o corte de R$ 0,15 anunciado pela Petrobras para as refinarias seja repassado pelos cerca de 300 postos de combustível em Goiânia e 1.860 no estado até a próxima quinta-feira, 04. A data leva em consideração a duração do estoque de um posto, que varia de quatro a sete dias.

No dia seguinte ao anúncio da empresa, alguns locais já começaram a alterar a tabela de preços. No entanto, ele não sabe informar qual a porcentagem de estabelecimentos promoveu a redução porque o sindicato não tem o controle ou levantamento dessa informação.  No estado, a queda pode ser de R$0,10 no litro.

“Como os preços são livres, o mercado tem liberdade em toda a cadeia de prática de preços, para chegar ao consumidor depende muito do que as distribuidoras repassarão aos postos. A perspectiva é que em até uma semana esse reflexo já seja percebido nas bombas”, explica Márcio Andrade.

A média de preços oficial será divulgada apenas no final de semana quando a Agência divulgará a mais recente média semanal de preços. Em uma pesquisa realizada pela ANP entre 17 e 23 de julho, a média de preço no estado de Goiás era de R$ 5,66. O levantamento colocou o estado na lista dos quatro estados com o produto mais barato do Brasil. 

A conta envolve todos os intermediários envolvidos no processo, tarifas e processos, como o de adição de etanol ao combustível. Atualmente, os postos vendem a mistura de 73% de gasolina e 27% de etanol.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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