Gasolina deve ficar ainda mais barata em até uma semana em Goiás

Valor médio do litro do etanol reduziu 0,27%, segundo ANP

O consumidor deve ganhar mais uma folga para o bolso ao abastecer com gasolina. Isso em até uma semana. A média de preço cobrado no estado deve chegar a R$ 5,56, caso as distribuidoras e postos repassem integralmente o corte anunciado pela Petrobras nesta quinta, 28. O impacto geral do custo nas refinarias deixa o produto R$ 0,15 mais barato.

“Como os preços são livres, o mercado tem liberdade em toda a cadeia de prática de preços, para chegar ao consumidor depende muito do que as distribuidoras repassarão aos postos. A perspectiva é que em até uma semana esse reflexo já seja percebido nas bombas”, explica o presidente do  Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado (Sindiposto), Márcio Andrade.

A variação da redução está relacionada à liberdade na política de preços. Dessa forma, as distribuidoras e os postos de combustível não são obrigados a repassar todo o corte de preço ao motorista. Há pouco mais de uma semana, a Petrobras já havia anunciado queda de 4,92% no valor da gasolina vendida às distribuidoras.

A empresa justifica por meio de nota à imprensa que a tendência reflete a estabilização dos preços internacionais de referência e é coerente com a política interna da empresa, “que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”.

Em uma pesquisa realizada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) entre 17 e 23 de julho, a média de preço no estado de Goiás era de R$ 5,66. O levantamento colocou o estado na lista dos quatro estados com o produto mais barato do Brasil. A conta envolve todos os intermediários envolvidos no processo, tarifas e processos, como o de adição de etanol ao combustível. Atualmente, os postos vendem a mistura de 73% de gasolina e 27% de etanol.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp