Gatito Fernández titular no Botafogo em jogo-chave pelo título do Brasileirão

Gatito supera turbulências e será titular do Botafogo em jogo que pode garantir título do Brasileirão

Com suspensão de John, camisa 1 jogará contra o Internacional; combinação de resultados pode dar outra taça ao Alvinegro e coroar trajetória do paraguaio

Luiz Henrique garante que Botafogo está focado no Brasileirão: “A gente já virou a chavinha”

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Entre tantas imagens que emocionaram na conquista do Botafogo da Conmebol Libertadores, no último sábado, a de Gatito Fernández chorando logo após o apito final foi uma das mais emblemáticas. O paraguaio de 36 anos chegou ao clube em 2017 e amargou um período de dificuldades recentes. Gatito foi capitão do time ao lado de Carli e liderou o vestiário em um situação diferente da atual: o clube estava quase em ruínas, com graves problemas financeiros e atrasos de salários. Pessoalmente, ainda enfrentou uma série de lesões, que o tirou de campo por longos meses.

Contra o Internacional nesta quarta-feira, no Beira-Rio, ele recebe um “presente” e volta a defender o gol – John cumprirá suspensão pelo terceiro cartão amarelo. Com uma combinação de resultados, o Alvinegro pode sagrar-se campeão do Brasileirão com uma rodada de antecedência – quatro dias após o título da Libertadores. Em vídeo publicado pela Conmebol, às vésperas do jogo contra o Atlético-MG, no último sábado, ele foi escolhido para ser o porta-voz de um conteúdo repleto de emoção e contos com os desafios enfrentados pelo Botafogo.

Nos últimos dois anos, Gatito foi reserva de Lucas Perri (2023) e John (2024), mas voltou a ser chamado para a seleção do Paraguai. Ele foi convocado para 10 jogos e jogou todos como titular – incluindo as Olimpíadas de Paris. Gatito é o estrangeiro com mais jogos na história do Botafogo, com 217 aparições. No clube desde 2017, o goleiro foi um dos heróis do título do Campeonato Carioca do mesmo ano.

O futuro do goleiro ainda é incerto no Botafogo, uma vez que ele tem contrato somente até 31 de dezembro de 2024 – há possibilidade de renovação, mas as conversas serão estreitadas após o término das competições. Mas, independentemente do futuro, Gatito pode deixar o Alvinegro como, talvez, nunca tenha imaginado. Por tudo que passei no Botafogo e o amor que tenho ao clube, penso sim em continuar. Ainda temos o Brasileiro para disputar e o Mundial, e provavelmente vamos definir isso após essas competições. Comemoramos a Libertadores, mas hoje é foco máximo contra o Inter. Será um privilégio jogar e estou muito concentrado para mais uma decisão – disse ao ge.

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Próximos passos do plano de recuperação judicial do Vasco: entenda o que vem por aí

Após aprovação do Conselho, veja os próximos passos do plano de recuperação judicial do Vasco

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O Conselho Deliberativo do Vasco aprovou na segunda-feira passada o plano apresentado pela diretoria e permitiu que o clube dê entrada no processo de recuperação judicial. Quais são os próximos passos a partir de agora?

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O regime de recuperação judicial sempre foi tratado por Pedrinho e seus diretores como fundamental dentro do processo de reestruturação financeira que está em andamento no clube. A gestão acredita que essa é a forma mais segura e eficiente de atacar as dívidas.

De acordo com a apresentação da Alvarez & Marsal, escritório contratado para prestar consultoria ao Vasco sobre o tema, o cálculo mais recente apontou uma dívida de aproximadamente R$ 1,4 bilhão.

Pedrinho, presidente do Vasco — Foto: Jorge Rodrigues/AGIF

Na segunda-feira, 112 conselheiros votaram a favor do plano de recuperação judicial. Foram 12 abstenções e 37 votos contra. Dos que foram contrário, a maioria é de grupos políticos de oposição, que se queixaram da ausência de debate no processo – o grupo Fuzarca divulgou nota afirmando que “a falta de transparência é a tônica dessa gestão”.

Em contato com o ge, Felipe Carregal Sztajnbok, vice-presidente jurídico do Vasco, festejou o resultado no Conselho e garantiu que houve debate sobre o assunto.

– O Conselho Deliberativo endossou a orientação da Diretoria Administrativa. Foi um bom debate sobre o tema, com conselheiros e beneméritos, inclusive com a oposição. Todos foram atendidos e participaram das conversas. Foram várias reuniões (presencial e online) com a participação de membros da Diretoria e dos assessores externos contratados. Foi um processo transparente, com a participação daqueles que, sabedores de suas responsabilidades, quiseram participar e contribuir – destacou ao ge.

Segundo Carregal, a decisão não tem nenhum efeito prático imediato: por enquanto, nada muda. O Vasco vai seguir tocando a mediação com seus credores, com intermédio da Fundação Getúlio Vargas, na tentativa de enxugar as dívidas para no fim descobrir o tamanho do passivo com o qual terá que trabalhar.

A expectativa da diretoria é encerrar as mediações até o fim de janeiro. Na reunião de segunda, o clube informou que já houve acordo assinado com os credores trabalhistas da classe I, que são decorrentes de acidentes de trabalho ou da legislação do trabalho com valores para receber até o limite de 150 salários mínimos.

DIFERENÇA E OS DETALHES DO PLANO

Diferente do processo de recuperação judicial de outros clubes, que adotaram a recuperação judicial e em alguns casos conseguiram acordos que reduziram significativamente o valor das dívidas, o plano do Vasco não prevê desconto no valor devido aos credores. Carregal explica que o deságio está sendo obtido na fase de mediação em andamento.

> “O plano de credores tem diversos mecanismos e maneiras para reduzir e pagar a dívida. E esse desconto é apenas um exemplo e será usado na forma e no momento adequados. Tudo dependerá do desfecho das mediações e será feito de acordo com o planejamento traçado”, pontuou Carregal.

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O regime de recuperação judicial é considerado essencial pela diretoria de Pedrinho em especial porque protege o clube de penhoras e outras medidas constritivas. Além disso, reduz o risco de punições desportivas, como o transferban, aplicadas pela CNRD e cortes arbitrais da Fifa.

O Vasco, no momento, tem uma medida cautelar em vigor a seu favor, que suspende execuções de penhoras e bloqueios financeiros, mas a decisão tem validade somente até o dia 21 de janeiro.

Os motivos que fizeram a gestão optar pelo regime de recuperação judicial, de acordo com material divulgado internamente, são os seguintes:

Fluxo de caixa de curto prazo

Captação de recursos via DIP (debtor-in-possession)
Utilização de alavancas de antecipação de recebíveis de curto prazo
Stay period – suspensão das execuções e penhoras de caixa

Penalidades desportivas

Redução dos riscos de suspensão de punições da FIFA e CNRD
Prazo para renegociação de novas condições para pagamento de dívidas desportivas

Reestruturação da dívida

Suspensão de constrições
Reestruturação das dívidas de forma organizada e isonômica (iniciada com a mediação)
Reperfilamento (prazo e taxas) das dívidas sujeitas ou não sujeitas a RCE
Tratamento das contingências CRVG e SAF
Melhores condições de reparcelamento tributário

Soluções de longo prazo

Proteções legais para investidores
Previsibilidade do fluxo de caixa
Mitigação do risco de sucessão de dívidas (UPI)

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