Gato abandonado se torna ‘engenheiro de sonecas’ em obra portuária no litoral do Paraná

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Funcionários da obra portuária adotam gato que estava abandonado e o promovem a ‘engenheiro de sonecas’, no litoral do Paraná

O gatinho Marcelo apareceu em 2024 e se tornou “membro” da equipe do setor de Meio Ambiente e Segurança do Moegão. Para os trabalhadores, a presença dele torna o ambiente de trabalho mais leve.

Em um dia despretensioso de outubro de 2024, o gatinho Marcelo apareceu entre os contêineres do almoxarifado da obra do Moegão, no Porto de Paranaguá, no litoral do Paraná. Na época, o nome dele não era esse, mas hoje ele tem até crachá de funcionário e foi promovido a “engenheiro de sonecas” da obra.

O gatinho, que estava abandonado, foi adotado pela equipe do setor de Meio Ambiente e Segurança do Moegão, embora diariamente ele conquiste o coração de funcionários de outros departamentos. Para os trabalhadores, a presença do gatinho é como um indicador de um bom ambiente de trabalho.

O engenheiro de segurança do trabalho, Felipe Zeppelini, foi quem viu o gato pela primeira vez. Como não conseguiu pegá-lo, teve a ideia de acionar outro funcionário, que já tinha gatos em casa, e pediu para que ele trouxesse um pouco de ração para servir como “isca” para o felino.

“No dia seguinte colocamos a ração no pote. Ficou o dia inteiro e no fim do dia ele apareceu. Ele estava bem magrinho e acreditamos que ele tenha sido abandonado”, contou Zeppelini.

Desde então, com ração, petiscos, caminha e brinquedos à disposição, o gatinho nunca mais foi embora. Mesmo vivendo solto entre os vários departamentos da obra, os funcionários afirmam que ele nunca “fugiu”.

Zeppelini trabalha há 15 anos em obras e conta que é comum que animais abandonados apareçam nestes locais. Por isso, resgatá-los e acolhê-los se tornou um costume. Para ele, a presença do companheiro torna o ambiente de trabalho mais feliz e leve.

“O Marcelo se tornou um indicador de um bom ambiente de trabalho. Aqui todos gostam dele e ajudam a cuidar um pouquinho também. Outras pessoas de outros departamentos quando vêm aqui, têm esse contato com ele e também acabam sendo conquistados”, contou Zeppelini.

Marcelo ficou tão querido por todos que virou até membro da equipe. Como prova disso, ele ganhou um crachá feito por um estagiário, nos padrões das demais identificações dos funcionários do Porto.

“Uma funcionária nossa que trouxe uma coleirinha bonitinha pra ele e aí o nosso estagiário decidiu fazer esse crachazinho. Ele tem algumas letras que identificam onde o funcionário pode acessar ou não e aí, no do Marcelo, o pessoal colocou a sigla ‘MIAU’ e colocou a função que ele exerce aqui, como engenheiro de sonecas”, explicou Zeppelini.

Marcelo desempenha o trabalho da soneca com maestria, intercalando os momentos de soninho entre as várias caminhas que tem no departamento. Uma delas fica numa espécie de pracinha em frente ao escritório, e é composta por uma caixa de papelão e um travesseiro, que estão com ele desde que chegou ao Moegão.

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