Laudo aponta presença de mercúrio, chumbinho e pesticida em gatos envenenados em São Joaquim da Barra, SP
Exame toxicológico foi feito em laboratório a pedido da Ong AuMiau, por orientação da Polícia Civil. Acusada de matar os animais, Aparecida Donizeti Berigo Blesio, de 60 anos, está presa.
Gatos encontrados mortos em São Joaquim da Barra — Foto: Redes sociais
Os 23 gatos encontrados mortos no fim do ano passado em São Joaquim da Barra (SP) foram envenenados com, pelo menos, três substâncias extremamente nocivas à saúde.
O laudo emitido por um laboratório de análises apontou a presença de mercúrio, aldicarb (chumbinho) e carbofurano (pesticida) nos estômagos dos animais.
O documento foi solicitado pela Organização Não-Governamental (ONG) AuMiau, de São Joaquim da Barra, por orientação da Polícia Civil quando o caso veio à tona, conforme informou ao DE a protetora de animais Simone dos Santos.
> “No dia que eu fui fazer o boletim de ocorrência, eles na delegacia, me orientaram que era bom fazer exame toxicológico nos gatos. Foi junto com uma das representantes da Ong AuMiau, que lançou vaquinha solidária para fazer esse exame. A gente fez e ficou pronto ontem [segunda-feira]”.
Laudo apontou presença de três substâncias nocivas em estômagos de gatos envenenados em São Joaquim da Barra, SP — Foto: Reprodução/GA
No dia 22 de janeiro, a Justiça tornou ré Aparecida Donizeti Berigo Blesio, de 60 anos, acusada de envenenar os animais. Ela está presa desde o dia 9 de janeiro e recentemente foi transferida para a Penitenciária Feminina de Pirajuí, na região de Bauru (SP).
Os vídeos de câmeras de segurança flagraram os envenenamentos dos gatos, onde Aparecida Donizeti aparece colocando algo envenenado próximo a eles.
A Justiça decretou a prisão preventiva dela no dia 9 de janeiro, após pedido do delegado Gustavo de Almeida Costa.
Os gatos foram encontrados sem vida entre 27 e 28 de dezembro do ano passado. As investigações apontaram que os animais foram envenenados. Aparecida se apresentou à polícia no dia 31 de dezembro, mas optou por ficar em silêncio durante o depoimento e foi liberada.
A pena para o crime de maus-tratos com resultado morte pode chegar a cinco anos de prisão, além de pagamento de multa. O julgamento ainda não foi marcado.