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Gayer afirma que africanos vivem “ditadura” por falta de capacidade cognitiva

Última atualização 29/06/2023 | 17:37

Conhecido pelas falas controversas, o deputado assumidamente bolsonarista Gustavo Gayer (PL-GO) afirmou que países do continente africano vivem em uma “ditadura” porque a democracia não consegue se desenvolver. A afirmação foi feita durante a participação do parlamentar no podcast “3 Irmãos”. Ainda na entrevista, ele alegou que tanto os africanos quanto os brasileiros são “burros”.

“Democracia não prosperou na África. Para você ter uma democracia, você tem que ter o mínimo de capacidade cognitiva de entender entre o bom e o ruim, o certo e o errado. Tentaram fazer democracia na África várias vezes, mas o ditador tomou tudo. O Brasil está desse jeito”, disse.

Durante as entrevistas, um dos apresentadores do programa chegou a comparar o povo africano com macacos. Em um dos trechos ele afirma que o Quociente de Inteligência (Q.I) de um macaco é de 90 enquanto de um africano chega até 72. “Não dá para a gente esperar alguma coisa da nossa população”, disse o apresentador para Gayer, que sorri e concorda.

Na mesma entrevista, Gayer afirmou que o feminismo é um “câncer” e que esse movimento está danificando a sociedade. “Nenhuma ideologia, talvez somente a ideologia de gênero consiga ser mais perversa que essa, mas o feminismo é uma ideologia que fodeu com a sociedade”, disse o parlamentar.

Assista ao vídeo:

Ministros acionam a Justiça a Gayer

O ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida em conjunto com a Ministra da Igualdade Racial Anielle Franco e o advogado-geral da União Jorge Messias acionaram a Polícia Federal, a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Câmara dos Deputados contra o deputado federal Gustavo Gayer pelas declarações realizadas em um podcast na última semana.

Para Messias e Anielle, as declarações de Gayer são inadmissíveis e contrárias à defesa constitucional da igualdade racial no país. Após análise jurídica, as pastas vão informar quais serão os próximos passos.

Pedido de cassação

Ainda por conta da fala de Gayer, a deputada federal Duda Salabert (PDT-MG) entrou com um pedido no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados em desfavor do parlamentar. Nas redes sociais, ela afirmou que “a Câmara não pode ser espaço para racista! Deveria ser preso, além de perder o mandato”.