Gêmeas mortas: mãe indiciada e prisão decretada no RS. Veja detalhes e cronologia do caso.

Gêmeas mortas em intervalo de 8 dias no RS: veja cronologia do caso e saiba por que mãe foi indiciada

Manuela e Antônia Pereira, de seis anos, morreram em Igrejinha, Região Metropolitana de Porto Alegre. Mãe das crianças foi indiciada por dois feminicídios e teve a prisão preventiva decretada pela Justiça.

Polícia indicia mãe pela morte de gêmeas em Igrejinha

A Polícia Civil concluiu, na quarta-feira (11), o inquérito do caso das meninas Manuela e Antônia Pereira, gêmeas de seis anos encontradas mortas em um intervalo de oito dias em Igrejinha, na Região Metropolitana de Porto Alegre. A mãe das crianças, Gisele Beatriz Dias, foi indiciada por dois feminicídios e teve a prisão preventiva decretada pela Justiça.

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As mortes aconteceram em outubro, levantando a desconfiança da polícia. Ao longo das investigações, foi apurada a suspeita de envenenamento como causa dos óbitos. Os advogados que defendem Gisele afirmaram que não vão se manifestar sobre o inquérito.

Nesta reportagem, o DE faz uma cronologia do caso (veja abaixo).

* 7 de outubro de 2024

Dia da morte de Manuela Pereira: a menina foi localizada desacordada em casa, no loteamento Jasmim, bairro Morada Verde, e foi levada para o hospital, onde já chegou morta. A suspeita inicial era de infarto.

* 15 de outubro

Dia da morte de Antônia Pereira: os bombeiros foram acionados para socorrer a outra gêmea, que “estava em parada cardiorrespiratória e urinada”. Segundo o comandante do Corpo de Bombeiros Voluntários de Igrejinha, Graciano Ronnau, os sintomas eram os mesmos de Manuela. Não havia sinais aparentes de violência nos corpos das meninas.

Prisão da mãe das meninas: no mesmo dia, a Polícia Civil prendeu temporariamente Gisele, sob suspeita de envolvimento nas mortes.

Mãe nega crimes: Gisele, de 42 anos, prestou depoimento à polícia, negando os crimes e dizendo que “sempre fez de tudo para cuidar e amar as filhas”. Segundo o delegado Cleber Lima, a hipótese inicial era de duplo homicídio doloso, em que há intenção ou vontade de praticar o crime.

Depoimento do pai: Michel Persival Pereira, de 43 anos, prestou depoimento na condição de testemunha. Ele afirmou que nenhuma das duas meninas tinha problemas de saúde anteriores.

* 16 de outubro

‘Ideias perversas’: um médico relatou, em depoimento à Polícia Civil, que a mãe das gêmeas tinha “ideias perversas” para as filhas. A mulher ficou internada na ala psiquiátrica pouco antes das mortes das crianças.

* 17 de outubro

Túmulos de Manuela e Antonia — Foto: Reprodução/ RBS TV

Enterro de Antônia: a segunda gêmea encontrada morta foi velada e sepultada em um túmulo ao lado de onde está a irmã no Cemitério Municipal de Igrejinha.

Guarda das crianças: ao longo dos anos, as gêmeas ficaram sob a guarda de outras pessoas, além dos pais. As meninas ficaram com os avós maternos em diversos períodos em que a mãe teve problemas de saúde ou quando os pais estiveram separados.

* 18 de outubro

Suspeita de envenenamento: a polícia começou a apurar a suspeita de que as meninas teriam sido vítimas de envenenamento pela mãe. Os indícios eram a mistura de remédios na comida do marido da investigada e a morte misteriosa de três gatos das crianças. O delegado Ivanir Caliari disse que diversos fatos apurados pela investigação faziam com que a suspeita de responsabilidade pelas mortes recaísse sobre Gisele. Segundo a polícia, a mãe reclamava que o marido sempre ficava no lado das filhas quando havia conflito entre elas.

Pai presta novo depoimento: o pai das meninas voltou a ser ouvido, na condição de testemunha. Em sua primeira manifestação pública sobre o caso, Michel disse: “a única coisa que eu dei para elas foi amor. Até o último momento, eu não acreditava que fosse nada”.

* 12 de novembro

Exumação: a Polícia Civil exumou o corpo da menina Manuela Pereira. O processo consistiu em desenterrar o cadáver para a coleta de material biológico. O procedimento foi feito após os técnicos do Instituto-Geral de Perícias (IGP) não encontrarem substâncias que causassem a morte de Manuela nos exames feitos até então.

* 15 de novembro

Prorrogação da prisão: a Justiça autorizou o pedido de prorrogação da prisão temporária de Gisele. O prazo inicial de 30 dias se esgotaria em 15 de novembro.

* 16 de novembro

Pai dá entrevista: à RBS TV, o pai das meninas se disse dividido entre o luto de perder as filhas, a tentativa de encontrar respostas sobre o que teria feito sua esposa e a saudade.

* 11 de dezembro

Conclusão do inquérito: com quase duas mil páginas, o inquérito foi remetido ao Judiciário antes da conclusão de todas as perícias pendentes que estão sendo realizadas pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP).

Mortes das gêmeas Antonia e Manoela Pereira são investigadas pela Polícia Civil — Foto: Arquivo pessoal

Um mês da morte das gêmeas em Igrejinha

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Grupo criminoso especializado em furtos de caminhonetes de luxo é alvo de operação com prisões no Norte de SC

Integrantes de grupo suspeito de furtar 100 caminhonetes de luxo são alvo de operação com prisões

São cumpridos 20 mandados de prisão e 33 de busca e apreensão. Ações acontecem em cidades do Litoral Norte e Norte do estado.

1 de 1 Especialistas apontados por furtar 100 caminhonetes de luxo em cidades do litoral de SC são presos em operação — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Especialistas apontados por furtar 100 caminhonetes de luxo em cidades do litoral de SC são presos em operação — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Um grupo criminoso especializado em furtos de caminhonetes de luxo em cidades do Norte e Litoral Norte de Santa Catarina é alvo de uma operação nesta quarta-feira (18). Os alvos são suspeitos de furtar pelo menos 100 veículos. Ao todo, são cumpridos 20 mandados de prisão e 33 de busca e apreensão. Até as 8h, 11 pessoas haviam sido detidas.

As ações ocorrem em Joinville e Araquari, no Norte, e em Itajaí, no litoral. Além dessas cidades, os furtos também ocorreram em Penha, Balneário Piçarras, Navegantes, Brusque, Balneário Camboriú e Itapema.

Além de prender os suspeitos, a Operação Nexu quer desarticular o grupo criminoso que também adulterava placas de veículos após os furtos. Os suspeitos também são investigador pelo crime de extorsão.

A operação é fruto do trabalho conjunto entre a Polícia Civil, a inteligência da Polícia Militar de Joinville e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Conforme o delegado Diego Azevedo, após furtar os veículos o grupo os encaminhava ao Paraná. Uma força-tarefa criada pelos investigadores já recuperou mais de 80% dos veículos furtados.

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