Gêmeos são presos em operação contra grupo responsável por tráfico de drogas

Dois irmãos gêmeos foram presos nesta sexta-feira, 7, suspeitos de liderarem um grupo que traficou 2 toneladas de maconha no Brasil, entre 2022 e 2024. Investigações apontam que os entorpecentes eram vendidos para cidades do Maranhão, Minas Gerais e Tocantins.

As prisões fazem parte da Operação Twins, deflagrada pela Polícia Civil de Goiás. Além dos irmãos, outros membros da organização criminosa também foram alvos de mandados judiciais.

A investigação foi iniciada em 2022, depois que um carregamento de maconha foi apreendido em Porangatu. Na ocasião, a polícia apreendeu cerca de meia tonelada de entorpecentes em um caminhão com destino ao Tocantins. O motorista foi autuado em flagrante pelo crime de tráfico de drogas, por exercer a função de “mula”.

Com o avanço das investigações, os suspeitos de financiar o grupo criminoso foram identificados. Segundo a polícia, os líderes eram responsáveis pela logística de transporte das cargas de drogas, que atuavam como ‘batedores’ e pelo recebimento de valores oriundos do tráfico.

A Polícia Civil cumpriu, durante a operação, quatro mandados de busca e apreensão, além do sequestro de R$ 10 milhões em contas bancárias vinculadas ao grupo criminoso. A investigação teve como objetivo enfraquecer as atividades financeiras e operacionais do grupo, impedindo que o tráfico de drogas continuasse na região.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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