O general golpista vibrou após o quebra-quebra na PF: “Pau tá comendo”
Ato violento no dia da diplomação de Lula animou o militar considerado mais
radical entre os golpistas. Ele foi preso pela PF
O general Mário Fernandes, que está entre os 37 indiciados por golpe de Estado,
ficou bastante empolgado quando um grupo de manifestantes golpistas promoveram
um ato violento no entorno da sede da Polícia Federal (PF) em Brasília, na noite de 12 de
dezembro de 2022 (foto em destaque). O estopim do quebra-quebra, que teve vários
veículos incendiados, foi a prisão do líder bolsonarista Cacique Tserere Xavante.
“Tu viu que já começaram a radicalizar, né? A prisão do cacique ali já levou… Ó,
aqui no início da Asa Norte, da W3 Norte, na sede da Polícia Federal, o pau tá
comendo. Os distúrbios urbanos já iniciaram. Agora vai rolar sangue”, comemorou
o general Mário em áudio enviado para o coronel reformado Reginal Vieira de
Abreu, conhecido como Velame.
As transcrições desses áudios estão em relatórios da Polícia Federal (PF)
que a reportagem do DE
teve acesso.
Mário Fernandes foi preso na semana passada por suspeita de envolvimento em um
plano para matar o presidente Lula. Ele foi chefe substituto da Secretaria-Geral
da Presidência da República do governo Bolsonaro, entre outubro de 2020 e
janeiro de 2023. Mário é apontado como o militar mais radical
que atuava diretamente na tentativa de um golpe de Estado.
“VAI ACONTECER, PORRA”
Já em conversa com o general da reserva Luiz Eduardo Ramos, ex-ministro de
Bolsonaro, o general Mário voltou a demonstrar sua empolgação com o radicalismo
dos manifestantes, que aconteceu no dia da diplomação do então presidente eleito
Lula. Os bolsonaristas queriam impedir a posse do petista.