General Mario Fernandes usa live de marqueteiro de Milei para criar polêmica sobre fraude nas urnas – Caso de Golpe de Estado em 2022

O General utilizou live de marqueteiro de Milei para alegar fraude nas urnas, criando polêmica a respeito da veracidade das informações apresentadas. O marqueteiro de Javier Milei divulgou dados falsos sobre as urnas brasileiras em uma transmissão ao vivo realizada em 4 de novembro de 2022. O general da reserva Mario Fernandes, indiciado pela Polícia Federal (PF) junto com mais 36 pessoas acusadas de tentativa de golpe de Estado, utilizou essas informações falsas para sustentar a narrativa de fraudes nas eleições daquele ano.

As informações que embasam essas alegações constam em documentos da PF sobre a investigação, aos quais o DE teve acesso. Em novembro de 2022, o marqueteiro argentino Fernando Cerimedo afirmou ter recebido um relatório brasileiro com dados que comprovariam a existência de fraudes nas urnas eletrônicas utilizadas na eleição em que Jair Bolsonaro saiu derrotado. No entanto, essas informações não foram respaldadas por provas concretas.

Mesmo sem provas concretas, o general Mario Fernandes utilizou a falsa notícia divulgada por Cerimedo como forma de pressão para a implementação do golpe de Estado. Em mensagens trocadas com o general Luiz Eduardo Ramos, então ministro de Bolsonaro, Fernandes mencionou a importância dessas supostas provas para justificar a ação de intervenção militar. O general golpista defendeu que o relatório do Ministério da Defesa sobre as urnas eletrônicas deveria corroborar com os dados apresentados de forma fraudulenta por Cerimedo.

A divulgação dos dados falsos foi vista por Fernandes como uma forma de “inflamar a massa” e legitimar um possível golpe militar. A ideia era criar um cenário que remetesse ao golpe de 1964. No entanto, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desmentiu as informações divulgadas pelo marqueteiro de Milei, ressaltando a importância da veracidade e transparência no processo eleitoral. O marqueteiro argentino foi um dos 37 indiciados pela PF na investigação do golpe no Brasil, que inclusive cogitava a possibilidade de assassinar Lula, Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.

A repercussão dessas alegações falsas evidenciam a importância da verificação de informações antes de serem utilizadas para embasar decisões e propagar narrativas. O DE reforça a necessidade de práticas éticas e responsáveis na divulgação de conteúdos, especialmente em um contexto político sensível como o vivido pelo Brasil em 2022. Esses acontecimentos ressaltam a relevância da transparência e credibilidade nas esferas de poder, visando garantir a integridade e legitimidade do processo democrático.

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Carrefour se retrata: pedido de desculpas por boicote à carne do Mercosul

Boicote à carne: Carrefour sinaliza pedido de desculpas ao Brasil

Ministerio da Agricultura foi avisado por emissários da embaixada da França.
Presidente da rede vetou carne do Mercosul em lojas da França

O Carrefour irá se retratar e sinaliza um pedido de desculpas por dizer que não
compraria mais carne produzida no Mercosul. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) foi avisado por emissários da embaixada da França.

A retratação também se estende aos frigoríficos brasileiros, que informaram que
suspenderiam o fornecimento de proteína animal às lojas do Carrefour no Brasil.

A confusão começou após o CEO do Carrefour francês, Alexandre Bompard, anunciar,
na quarta-feira (20/11), que enviar uma carta ao sindicato agrícola francês FNSEA informando que não iria mais adquirir proteína animal de países do Mercosul.

O gesto do presidente da rede veio no contexto de um grande número de protestos na França contra a assinatura do acordo de livre comércio entre União Europeia e Mercosul. Os produtores do país europeu são contra o texto porque temem que a concorrência seja uma ameaça aos produtos locais.

As reações começaram ainda na quarta. A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimento (Apex-Brasil) lamentou a suspensão da compra dos produtos do Mercosul e afirmou que não enxergava razões para a decisão do Carrefour francês.

“Entendemos não haver motivos razoáveis para restrições à carne produzida no Mercosul. Seguimos os mais rigorosos padrões sanitários e ambientais, que garantem sua qualidade em todas as operações de venda de proteína brasileira ao exterior”, escreveu no comunicado.

No fim da semana passada, frigoríficos brasileiros anunciaram a suspensão do fornecimento de carne às lojas do Carrefour no Brasil. Nesta segunda-feira (25/11), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se manifestou sobre o assunto. Ele disse não enxergar razões para a medida do Carrefour.

“Eu não vou ficar comentando a atitude de empresa, mas enfim, houve uma reação justificável a esse tipo de declaração. Uma empresa que está instalada no Brasil… Não faz muito sentido (suspender a compra da carne)”, afirmou o ministro.

O Carrefour se defendeu ao dizer que não questionava a qualidade dos produtos do bloco. “Em nenhum momento se refere à qualidade do produto do Mercosul, mas somente a uma demanda do setor agrícola francês, atualmente em contexto de crise”, comunicou a empresa.

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