O general Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa no governo de Bolsonaro, foi autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes a realizar atividades como trabalhar, ler livros e fazer cursos com o intuito de reduzir a pena de 19 anos de prisão à qual foi condenado no inquérito da trama golpista. Nogueira é o único réu a comparecer presencialmente ao julgamento sobre o caso no STF, demonstrando seu comprometimento com o processo.
Desde novembro, o general cumpre pena no Comando Militar do Planalto, em Brasília, onde também está preso o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de Bolsonaro, general Augusto Heleno. A participação de Nogueira no chamado “núcleo crucial” da trama golpista levou à sua condenação e atual situação de detenção. As atividades autorizadas pelo ministro podem contribuir para encurtar o período de regime fechado.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusou Nogueira de apoiar a narrativa de fraude nas urnas e incentivar a intervenção das Forças Armadas. Ele teria endossado a tese em reuniões de 2022 e participado de articulações para sustentar a ruptura democrática. Em uma gravação obtida durante a investigação, Nogueira mencionou a necessidade de intensificar a operação e viu as Forças Armadas e o Ministério da Defesa como linha de contato com o inimigo.
A condenação de Paulo Sérgio Nogueira a 19 anos de prisão pelo STF reflete a gravidade das acusações e sua participação na trama golpista. O envolvimento de figuras proeminentes como ex-ministros do governo de Bolsonaro evidencia a complexidade e seriedade do caso. As medidas adotadas pelo ministro Alexandre de Moraes, com a autorização para atividades que possam reduzir a pena, representam uma oportunidade para Nogueira buscar sua reabilitação perante a justiça.




